O governo do estado irá ceder o terreno, de sua propriedade, por 35 anos à CNI (Confederação Nacional da Indústria), que fará o investimento na construção por meio do Sesi (Serviço Social da Indústria).

Museu será construído na avenida Paulista. (Foto: Reprodução)
O acordo foi anunciado pelo governador João Doria (PSDB) e o presidente da CNI, Robson Andrade, durante visita àquele que deve ser o modelo do novo museu, o Exploratorium de São Francisco. Situado às margens da baía da cidade californiana, o local abriga exposições interativas dedicadas ao conhecimento, uma espécie de feira de ciências bastante mais sofisticada.
A área total cedida tem 5.000 metros quadrados. O projeto inicial prevê a reforma do casarão do tempo dos barões do café, cujo nome oficial é Franco de Mello, e a construção de nova edificação, com dois andares e um subsolo, na sua parte traseira.
Não há valores divulgados, mas Doria disse que a ideia é ter o museu inaugurado até o último ano de seu mandato, 2022. Os órgãos de tombamento de prédios históricos federal e estadual já aprovaram o plano de reforma.
Na visita, Andrade firmou um convênio com o Exploratorium para trazer o "know-how" das exposições encontradas na entidade americana. A capital paulista tem cerca de 500 museus, entre públicos e privados. Um dos mais icônicos, o do Ipiranga, está fechado desde 2013.
Neste ano, as obras de restauro que estavam paradas foram retomadas, e o plano é reabrir o local para as comemorações dos 200 anos da independência do país -cuja proclamação ocorreu perto do local onde a instituição fica.
Nesta área, o governo Doria tem privilegiado formas mais heterodoxas de exposição. Neste ano, foi aberto o MIS Experience, cuja mostra interativa sobre Leonardo da Vinci custou R$ 8,5 milhões e foi bancada pela iniciativa privada.
Em viagem que fez aos EUA encerrada neste domingo (24), o governador acertou a realização de outras duas mostras do mesmo gênero no ano que vem, realizadas por uma empresa especializada em tecnologia holográfica.