Foi aprovada nesta quarta-feira (29), pelo Plenário da Câmara dos Deputados, a proposta que torna feriado nacional o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. O Projeto já foi aprovado pelo Senado e segue agora para a sanção presidencial.
Se sancionado, o Brasil passará a contar com nove feriados nacionais fixos, sendo eles: 1º de janeiro (Dia da Confraternização Universal); 21 de abril (Dia de Tiradentes); 1º de Maio (Dia do Trabalhador); 07 de Setembro (Dia da Independência do Brasil); 12 de Outubro (Dia de Nossa Senhora Aparecida); 02 de Novembro (Dia de Finados); 15 de Novembro (Proclamação da República); 20 de Novembro (Dia da Consciência Negra); 25 de Dezembro (Dia de Natal).
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De acordo com a proposta, a data será chamada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Atualmente, o dia 20 de novembro já é considerado feriado em seis estados brasileiros e cerca de 1.200 cidades. No Piauí, no entanto, até este ano, o dia 20 de novembro não era considerado feriado.
Relatora da proposta, a deputada Reginete Bispo (PT-RS) afirmou que a bancada negra escolheu o feriado para iniciar seus esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial pela criação de um feriado.
"Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o País considera mais relevante em sua história", disse. Na votação, ela também fez deferência ao senador Paulo Paim, relator da proposta no Senado, e à deputada Benedita da Silva.
O texto dividiu opiniões em Plenário. Para a deputada Carol Dartora, a aprovação da proposta é uma celebração da bancada negra. "Nosso objetivo é fechar esse mês com o feriado nacional da Consciência Negra para o reconhecimento dos mais de 300 anos da população escravizada no Brasil e da necessidade de superação do racismo estrutural", disse. Já o deputado Chico Alencar afirmou que a data será fundamental para "celebrar a negritude" da população brasileira.
O deputado Otoni de Paula, no entanto, criticou a medida. "Não vai ser impondo mais um feriado que nós negros seremos menos ou mais respeitados nesse País", disse. Ele afirma que o novo feriado é um "erro" e terá impactos negativos na economia do País. O argumento econômico também foi utilizado pelo deputado Professor Paulo Fernando para criticar a medida. "No mês de novembro já temos muitos feriados, isso teria de ser decisão das câmaras municipais", disse.