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No Brasil, mulheres têm 3 vezes mais chances de sofrerem violência que homens

A taxa de violência de mulheres é 270 para cada 1000 mil habitantes, enquanto a de homens é de 79.

29/11/2022 09:02

A violência contra a mulher continua sendo o principal tipo de violência no Brasil. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), revelam que a taxa de violência contra mulheres é 270 para cada 1000 mil habitantes, enquanto a de homens é de 79. Ou seja, mulheres têm 3,5 vezes mais chances de sofrerem algum tipo de agressão do que homens. 

O levantamento leva em consideração dados de 2020 e demonstram que todas as formas de violência contra a mulher aumentaram nos últimos anos: mulheres foram vítimas em 89% dos casos de violência sexual; 84% dos casos de violência psicológica; 83% dos casos de violência patrimonial e 69% dos casos de violência física. 

(Foto: Reprodução/EBC)

De acordo com o DataSus, 3.822 mulheres foram assassinadas em 2020, o que representa um aumento de 10% em comparação ao ano de 2019. Mulheres negras permanecem entre as principais vítimas e figuram em 67% dos casos, sendo 61% pardas e 6% pretas. Já as mulheres brancas correspondem a 29,5% dos casos e as indígenas 1%. 

As informações dão conta ainda de que mulheres indígenas têm 2,3 vezes mais chances de sofrerem homicídio que mulheres brancas. Além disso, entre 2000 e 2020, o assassinato de indígenas aumentou em 7 vezes. Já o assassinato de mulheres negras aumentou 45%, enquanto o de mulheres brancas diminuiu em 33% no mesmo período, revelando a grande disparidade social existente. 

O uso de arma de fogo também está associado ao aumento de violência contra mulher, inclusive de vítimas fatais. Em 2020, 50% das mulheres foram assassinadas com armas de fogo, o que representa um aumento de 5,7% em relação a 2019. A presença de armas nas residências é um elemento de desestabilização. Os dados mostram que 32% das mulheres foram mortas no interior de seus lares, com predominância de mulheres jovens, de 15 a 29 anos.

Fonte: Plataforma Evidências sobre Violências e Alternativas para mulheres e meninas (EVA)
Edição: Ithyara Borges
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