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Psicóloga aborda heranças de traços familiares e sociais em comportamento de filhos

O ambiente familiar, social e cultural se entrelaça como uma teia, moldando o comportamento da criança.

05/04/2024 às 15h54

A criação de filhos é um desafio constante, e um dos pontos que mais intrigam os pais é o comportamento diferenciado entre irmãos. Por que um filho é mais introvertido e outro mais extrovertido? Um é mais estudioso e outro mais agitado? A genética é a única responsável por essas diferenças?

Para responder a essas perguntas, conversamos com a psicóloga Marina Buenos Aires, especialista em orientação profissional e familiar. Segundo ela, a resposta é complexa e envolve tanto fatores hereditários quanto o ambiente em que a criança cresce.

psicóloga Marina Buenos Aires - (bom dia news) bom dia news
psicóloga Marina Buenos Aires

A hereditariedade é um fator importante na formação da personalidade e do comportamento. Traços como hiperatividade, ansiedade e predisposição à depressão podem ser transmitidos de pais para filhos. No entanto, é importante ressaltar que a genética não é determinante.

"Ter uma predisposição genética para um determinado comportamento não significa que a criança vai necessariamente desenvolvê-lo", explica Marina. "O ambiente em que ela cresce também tem um papel fundamental."

O ambiente familiar, social e cultural exerce uma grande influência no desenvolvimento da criança. Fatores como a qualidade da relação com os pais, o estilo de educação, as experiências vividas na escola e com os amigos, e até mesmo a cultura do país em que vivem podem moldar o comportamento.

"Uma criança que cresce em um ambiente seguro e acolhedor, com pais que demonstram afeto e estabelecem limites claros, tem mais chances de desenvolver um comportamento saudável do que uma criança que vive em um ambiente caótico e violento", afirma a psicóloga.

As mudanças geracionais também impactam o comportamento dos filhos. As crianças de hoje vivem em um mundo completamente diferente do que as crianças de antigamente. A tecnologia, a internet e as redes sociais moldam a forma como elas se comunicam, se relacionam e aprendem.

"As crianças de hoje são mais imediatistas, mais conectadas e mais sensíveis do que as crianças de antigamente", observa Marina. "Isso exige dos pais um novo olhar sobre a educação e a criação dos filhos."

A jornada da criação de filhos é um processo contínuo de aprendizado e adaptação. Ao compreender a complexa interação entre hereditariedade e ambiente, os pais podem navegar pelas diferenças entre irmãos com mais leveza e sabedoria, criando um ambiente propício para o desenvolvimento pleno e feliz de cada um.

Jessica Ribeiro com edição Ithyara Borges