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Saiba quais os efeitos colaterais das vacinas contra a Covid-19 mais comuns

Infectologista explica a Oxford/AstraZeneca costuma apresentar reações em pessoas mais jovens

13/05/2021 14:10

Uma das principais dúvidas acerca das vacinas contra o novo coronavírus (Covid-19) diz respeito aos eventuais efeitos colaterais que elas podem causar ao organismo. É importante destacar que, assim como todo medicamento, o imunizante também pode provocar eventos adversos, podendo inclusive exigir atendimento médico em alguns casos.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Uma das três vacinas usadas no país até agora, a Oxford/AstraZeneca costuma apresentar efeitos colaterais em pessoas mais jovens, como explica a infectologista Raquel Stucchi


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“Vimos muito em profissionais mais jovens da saúde. Febre acima de 38 graus nas primeiras 48h/72h horas. Pode dar dor no corpo e até diarreia. São efeitos mais frequentes em relação a AstraZeneca. O ideal é manter uma hidratação adequada e medicação para febre. Se houver dor no local da aplicação, fazer uso de compressa fria”, pontua a especialista.

(Foto: Divulgação/Sesapi)

Vacinada neste mês com a primeira dose da AstraZeneca, a psicóloga Jéssica Medeiros, de 28 anos, relata que teve diversos efeitos colaterais que só melhoraram três dias após a imunização. “Quando fui vacinada senti o meu braço duro e uma tontura muito forte. No dia seguinte, tive uma fraqueza grande e só conseguia ficar deitada, além de dor de cabeça e enjoo. No segundo dia, o braço passou a doer mais, não conseguia movimentá-lo e os sintomas continuaram. No terceiro dia fiquei com dor de cabeça, e a partir do quarto dia as dores passaram e os sintomas também foram embora.” 

(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

A psicóloga destaca ainda que apesar de estar feliz em receber a imunização, teme passar pela mesma situação quando chegar o momento da aplicação da segunda dose. “Em relação à segunda dose eu vou tomar em agosto, após 86 dias da primeira aplicação. Estou um pouquinho temerosa em relação aos efeitos colaterais que possa sentir, não sei se podem ser piores. Meu único medo é isso, mas com expectativa para tomar o quanto antes”, afirma. 

Os efeitos colaterais mais comuns que a vacina Oxford/AstraZeneca podem trazer são: 

  • Sensibilidade, sensação de calor, coceira ou hematoma (manchas roxas) onde a injeção é administrada:
  • Sensação de indisposição de forma geral; sensação de cansaço (fadiga); 
  • Calafrio ou sensação febril;
  • Dor de cabeça; enjoos (náusea); 
  • Dor nas articulações ou dor muscular; 
  • Inchaço, vermelhidão ou um caroço no local da injeção; 
  • Febre ou diarreia;
  • Sintomas semelhantes aos de um resfriado como febre acima de 38 °C, dor de garganta, coriza (nariz escorrendo), tosse e calafrios. 
  • Já os efeitos colaterais menos graves que a vacina CoronaVac pode apresentar são:
  • Cansaço, febre, dor no corpo, diarreia;
  • Náusea, dor de cabeça, enjoo, dor ao engolir;
  • Dor muscular, calafrios, perda de apetite, tosse;
  • Dor nas articulações, coceira, coriza, congestão nasal;
  • Vermelhidão, inchaço, endurecimento e coceira no local da injeção.

Eficácia das vacinas

A eficácia geral da vacina AstraZeneca foi de cerca de 70% (entre 62% e 90%), após a aplicação das duas doses, apresentando o resultado exigido pela Anvisa, acima dos 50%. A eficácia geral apresentada pelo Instituto Butantan para a CoronaVac nos testes brasileiros foi de 50,38% e mostrou-se 100% eficaz nos casos moderados e graves e 78% eficaz nos casos leves da Covid-19. Ou seja, a aplicação da vacina, quando feita adequadamente em duas doses, tem potencial de redução do número de internações pela doença. A segunda dose, no entanto, pode ser tomada mesmo fora do prazo.


População deve respeitar pausa entre imunização contra a Covid-19 e da gripe

A Secretaria de Estado da Saúde(Sesapi) já distribuiu os lotes das vacinas da gripe para todos os 224 municípios do Piauí. O Ministério da Saúde faz o alerta para que a população também se imunize contra o H1N1 e respeite o intervalo entre a vacina contra a Covid e a da gripeDe acordo com o secretário Florentino Neto, a orientação do Ministério da Saúde é que a população dê prioridade à vacina da Covid, mas sem esquecer a vacina da gripe. 

“A imunização contra a gripe também é muito importante. Mas quem já tomou a vacina da Covid deve respeitar um intervalo de 14 dias entre as duas imunizações ou outras vacinas do calendário”, explica o gestor.

A diretora técnica do Natan Portella, infectologista Elna Amaral, aponta que é essencial nesse momento da pandemia que a população não negligencie nenhuma vacina disponível para a imunização. “A vacina é a melhor forma de prevenção de doenças infecciosas virais. Estamos em um momento de pandemia, o que traz bastante preocupação para a população. Mas precisamos entender que existe a Influenza e que se for negligenciada também pode gerar uma síndrome respiratória grave que pode levar a morte assim como a Covid-19”, explica a médica.

A infectologista destaca que a vacina da gripe já está disponível, e que a população precisa colocar seu calendário vacinal em dia, para evitar mais complicações. “Respeitando os 14 dias entre os dois imunizantes a pessoa precisa ser vacinada com ambas. Essa imunização é essencial para reduzir os quadros de infecção respiratória grave e dessa forma evitar uma sobrecarga para o sistema de saúde do estado”, fala a médica.



Fonte: Com informações da Brasil 61
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