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Temer reúne centrais sindicais para tratar da reforma na Previdência

Uma das prioridades do governo interino é mudar as regras previdenciárias. CUT recusou convite do presidente em exercício para discutir reforma.

16/05/2016 16:34

O presidente em exercício Michel Temer reúne na tarde desta segunda-feira (16), no Palácio do Planalto, representantes das centrais Força Sindical, CSB e UGT para discutir propostas de reforma na Previdência Social. O encontro com os representantes das centrais teve início pouco depois das15h30.

A reunião desta segunda-feira é uma tentativa de reduzir a resistência dos sindicalistas a mudanças nas regras previdenciárias. Na audiência, o presidente em exercício deverá apresentar propostas e ouvir sugestões. Segundo auxiliares, a ideia é demonstrar que as centrais serão ouvidas e participarão do processo.

Conforme a assessoria de Temer, participaram do encontro desta segunda com o presidente em exercício os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo Nogueira (Trabalho), além de Antonio Neto (CSB), José Ramos (NCST), Ricardo Patah (UGT) e Paulinho da Força (Força Sindical).

A equipe econômica montada por Temer tem dito, desde que o peemedebista assumiu interinamente a Presidência na última quinta (12), que uma das prioridades do governo será fazer uma reforma nas regras previdenciárias.

Uma demonstração de que mudanças no setor serão um dos focos do presidente em exercício foi a incorporação da Secretaria de Previdência Social ao Ministério da Fazenda. Antes, a área integrava o Ministério do Trabalho.

Na última sexta (13), o ministro da Fazenda defendeu que se estabeleça uma idade mínima para aposentadoria pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com Meirelles, a medida é fundamental para garantir o financiamento da Previdência.


Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

"Haverá uma idade mínima de aposentadoria. O que precisa é uma determinação de governo. Vamos fazer. E apresentar uma proposta factível para sociedade. Idade mínima com uma regra de transição," ressaltou o titular da Fazenda.

A proposta de estabelecer uma idade mínima para aposentadoria foi criticada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente nacional da Força Sindical e um dos principais articuladores do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em nota divulgada à imprensa na última sexta-feira (13), Paulinho chamou de "estapafúrdias" e "inoportunas" as propostas do ministro da Fazenda para a área previdenciária.

"A estapafúrdia ideia defendida pelo atual ministro é inaceitável porque prejudica quem ingressa mais cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Vale lembrar que o último governo já fez mudanças no regime da Previdência que só resultaram em prejuízos para os trabalhadores", escreveu Paulinho em um dos trechos da nota.

Fonte: G1
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