A partir de 2024, a vacinação contra a Covid-19 fará parte do Calendário Nacional de Vacinação. A recomendação, que surge após avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), tem como foco principal crianças de 6 meses a menores de 5 anos e os grupos considerados mais vulneráveis às formas graves da doença, como idosos, pessoas imunocomprometidas ou com comorbidades, gestantes e puérperas.
A estratégia também visa abranger trabalhadores da área da saúde, populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas, além de pessoas que residem em instituições de longa permanência e seus profissionais, aqueles com deficiência permanente, indivíduos privados de liberdade maiores de 18 anos, adolescentes e jovens que estejam cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade e pessoas em situação de rua.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil acompanha a tendência mundial no que diz respeito aos casos de Covid-19, registrando variações no número de ocorrências. O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado recentemente, mostra que estados como Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo apresentam um aumento nos casos entre a população adulta. No entanto, a região Sul demonstra um crescimento lento das notificações.
Já em Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, observou-se um sinal de aumento nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) positivas para Covid-19 na população idosa, embora isso não tenha um reflexo direto no total de casos identificados. Distrito Federal, Goiás e Rio de Janeiro, anteriormente em alerta de crescimento, apontam indícios de desaceleração no aumento de notificações, de acordo com os dados da semana epidemiológica 42, que corresponde ao período de 15 a 21 de outubro.
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Atualmente, as vacinas estão disponíveis de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) para todos os cidadãos com mais de 6 meses de idade. Além disso, aqueles maiores de 18 anos que já receberam pelo menos duas doses da vacina devem agendar a dose de reforço da vacina bivalente. Para aqueles que ainda não completaram o ciclo vacinal ou têm alguma dose de reforço pendente, a atualização pode ser realizada nas unidades de saúde.
Em fevereiro, o Ministério da Saúde lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, buscando recuperar as altas taxas de cobertura vacinal em todo o país. Os cidadãos podem verificar o status de sua vacinação por meio do aplicativo ConecteSUS Cidadão, no Cartão de Vacinação em papel, preenchido pelos profissionais de saúde, ou consultando diretamente a unidade de saúde mais próxima, com a apresentação de documentos pessoais e/ou o Cartão do SUS.