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Com orçamento reduzido, 34% dos brasileiros já deixaram de pagar contas de luz ou água

A pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta que o brasileiro está cada vez mais com dificuldade para pagar as contas

08/08/2022 09:21

Uma pesquisa inédita divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que o orçamento dos brasileiros está cada vez mais apertado, obrigando a população a reduzir gastos com lazer, viagens, compras de produtos de uso pessoal, e até deixando de lado algumas contas, como água e luz. 

Os dados apontam que um em cada quatro brasileiros vive uma dura realidade no fim do mês: falta dinheiro para pagar todas as contas e sobram dívidas. Assim, 34% dos entrevistados admitiram já ter atrasado contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas. A dificuldade em conseguir guardar dinheiro atinge 69% da população.

(Foto: Reprodução/CNI)

Além da redução de despesas com lazer (60%) e itens de uso pessoal, como roupas e calçados (58%), o orçamento apertado também trouxe mudanças no dia a dia do brasileiro, como parar de comer fora de casa (45%), diminuir gastos com transporte público (43%) e deixar de comprar alguns alimentos (40%).

A pesquisa encomendada pela CNI para o Instituto FSB Pesquisa é a segunda realizada no ano com foco na situação econômica e hábitos de consumo da população. Foram entrevistados, presencialmente, 2.008 cidadãos em todas as unidades da federação entre os dias 23 e 26 de julho.

Empréstimos

Sem conseguir poupar ou sair do negativo, a maioria da população (64%) cortou gastos desde o início do ano e um em cada cinco brasileiros pegou algum empréstimo ou contraiu dívidas nos últimos doze meses. Entre quem reduziu o consumo, 61% demonstram otimismo e dizem ser uma situação temporária. Mas apenas 14% dos brasileiros pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.


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Inflação

Sobre o aumento dos gastos, gás de cozinha lidera o ranking de produtos cujos preços mais subiram nos últimos seis meses na percepção da população. Nesta edição da pesquisa, 68% disseram que o valor do gás está maior, contra 56% em abril. 

Em seguida, vêm alimentos, conta de luz e combustível. Mais da metade dos brasileiros apontaram que o valor desses itens aumentou no período. A percepção de alta dos preços de itens como arroz e feijão e carne vermelha também cresceu bastante em relação à pesquisa de abril, com aumento de mais de 10 pontos percentuais em julho. 

Diante do aumento dos preços, a maioria da população (68%) pechinchou antes de fazer uma compra este ano e utilizou o cartão de crédito (51%). O famoso “comprar fiado” fez parte da realidade de 3 em cada 10 brasileiros este ano, mais que cheque especial, crédito consignado ou empréstimo com outras pessoas, que tiveram menos de 15% de uso cada um entre os entrevistados.

Apesar disso, a expectativa da população é chegar ao fim do ano com um pouco mais de folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56% acreditam que, até dezembro, estarão com uma situação econômica pessoal melhor ou muito melhor.

Fonte: Com informações da CNI
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