Quatro alunos da Escola Estadual Joaquim Nonato Gomes, localizada no bairro Bela Vista I, zona Sul de Teresina, que participam da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) - 2014, receberam, na manhã de hoje (20), os certificados de participação e entrega de medalha. A solenidade aconteceu no pátio da escola e contou com a presença de outros alunos, professores, coordenadores e os pais dos premiados.

Foto: Assis Fernandes

Eduardo Mendes, de 14 anos, cursa o 8º Ano do Ensino Fundamental, e foi o único aluno que conseguiu passar da segunda fase da olimpíada e levou a medalha de Bronze. Feliz com a premiação, ele falou da importância de estudar Matemática, uma disciplina tão temida por muitos estudantes, e da dedicação do professor em ensinar os alunos.

Segundo ele, o incentivo e ajuda do professor de Matemática foi fundamental para conseguir um bom resultado na OBMEP. “O professor Márcio sempre acompanhou a gente, pedindo para estudarmos em casa, pegando no pé mesmo. Quando eu cheguei à escola e me falaram que eu tinha ganhado medalha de Bronze eu fiquei sem palavras e sem reação, porque não esperava, mas muito feliz com o prêmio”, disse.

Para Eduardo Mendes, a matemática, diferente do que muitos acham, não é uma disciplina difícil, pelo contrário, é bastante prazerosa e divertida. O garoto, que não perde tempo, já está se preparando para a olimpíada deste ano, que acontece agora, dia 13 de setembro. Dedicado, ele falou que está se empenhando em aprender novos assuntos e tendo aulas extras.

“O professor está pegando questões dos anos anteriores, para que possamos responder, tirar dúvidas, estamos estudando em casa algumas tarefas e assuntos que podem cair na OBMEP. Com essa preparação eu estou mais confiante do que da outra vez, porque estamos estudando muito”, falou, acrescentando que, “eu gosto muito de cálculo, gosto de resolver questões, então, quando eu crescer penso em fazer um curso de Contabilidade, porque envolve a matemática”, finalizou.

O professor de Matemática da Escola Estadual Joaquim Nonato Gomes, Francisco Márcio, destacou que os alunos da escola possuem uma grande capacidade de aprendizado, e que os resultados foram positivos graças aos esforços de cada um. Para ele, os alunos precisam ser incentivados e estimulados a estudar matemática, e deixar de lado a ideia de que esta disciplina é um “bicho-papão”.

“Eu uso jogos educativos, jogos e brincadeiras para incentivar eles, e brindes, porque eles não querem fazer a brincadeira só por fazer, é preciso estimular eles. Eles não gostam de vir aos finais de semana, mas eu inventava um bingo, e assim eu fui incentivando eles e eles gostavam de participar”, falou.

Orgulhoso, Francisco Márcio frisou que Eduardo Mendes foi o único aluno do Nível I estadual e de Teresina, que passou para a fase nacional. Ele explicou que o outro estudante que passou de fase é do Nível III e é oriundo de uma escola particular. “Eu digo que o mérito não é meu, porque eu só fiz lapidar um pouco. Eles têm um base forte e por isso conseguira”, finalizou.

Ana Gabriela Araújo também foi uma das alunas da escola a participar da olimpíada, mas não chegou a passar da segunda fase. Ela contou que a ajuda dos professores foi muito importe para seu aprendizado, e que está se preparando para a OBMEP deste ano. Por gostar muito de matemática, a estudante afirmou ser uma disciplina interessante.

“Eu vejo a Matemática como uma esperança para a pessoa ser alguma coisa lá na frente. Aprender matemática é importante, e nessa próxima etapa a gente precisa ter confiança, porque já aprendemos muito, então só precisamos reafirmar e ter fé que vamos conseguir, porque todo mundo é inteligente, só basta querer”, frisou Ana Gabriela.

Marlene Lima, gerente da 10ª Gerência Regional de Educação (GRE), destacou que a escola tem trabalhado para melhorar o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), e que ter alunos premiados mostra o crescimento do ensino, sobretudo nas escolas públicas do Estado. Ela falou ainda que ter alunos premiados em uma olimpíada nacional de matemática, a gratificação é ainda maior.

“Eu acredito que tem muito a ver com a metodologia do professor, porque quando ele traz uma metodologia para mostrar para os alunos que a matemática não é um ‘bicho-papão’, ele coloca na disciplina uma maneira prática de estudar e que ela não seja um vilão da história, mas sim uma disciplina prazerosa”, pontuou.

Fonte: Isabela Lopes - Jornal O DiA