Quando uma criança é abrigada, mas não é adotada, ela cresce, chega na adolescia e precisa mudar de abrigo. E caso não seja acolhida por uma família, ela é desabrigada aos 18 anos. Algo que nem sempre é fácil. Edi Andrade, faz parte dessa estática. Chegou ao abrigo aos 4 aos e recentemente completou 18 anos e precisou deixar o acolhimento. O jovem conseguiu alugar uma casa, ganhou móveis e está reconstruindo a vida. Ele ainda precisa de materiais de higiene pessoal, roupa, mochila e um emprego, a promessa já existe.
Crianças aguardam por adoção mesmo com pretendentes em cadastro
“Quando cheguei no abrigo foi bem perturbador, eu me sentia muito triste por que eu via as crianças indo e eu ficando. Mas agora estou mais relaxado por que tem muitas pessoas me ajudando, e meu sentimento é de satisfação, gratidão”, diz Edi Andrade.
A vida de crianças que crescem nas instituições de acolhimento. Foto: Reprodução
Há ainda o caso de jovens que não tiveram oportunidade de emprego e seguiram outros caminhos. “A gente tem meninas que estiveram no Cria, que hoje estão na prostituição, por que não tiveram no tempo essa garantia certa. Sair do abrigo e ir para uma família e eles vão ficando revoltados, alguns conseguem se agarrar nas pequenas tábuas de salvação que as instituições, apadrinhamento afetivo e educação. Mas temos muitos que vão para o mundo do crime”, lamenta Francimelia Nogueira coordenada do Cria.
Para ajudar as crianças que estão em abrigos é possível apadrinhar um acolhido fazendo visitas, levar para passear no fim de semana ou feriados, comprar o material escolar todo ano ou simplesmente ir no dia do aniversario da criança dar um abraço e demostrar carinho.