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Redes sociais: falta de regulamentação dá brecha para excessos

A falta de regulamentação nas plataformas digitais permite que crianças utilizem os aplicativos cada vez mais cedo.

29/06/2019 08:28

A jornalista e relações públicas, Flalrreta Alves, pesquisou sobre os perfis de celebridades mirins que ganham fama através das redes sociais, os conhecidos “digitais influencers” em Teresina. No estudo, Flalrreta trabalha temas como regulamentação desses espaços digitais e a utilização dos mesmos para fins financeiros. A pesquisa também destaca uma preocupação: a falta de regulamentação nas plataformas digitais permite que crianças utilizem os aplicativos cada vez mais cedo.

“Não existe uma regulamentação para as crianças dentro desse espaço, o que existe é uma política do instagram para menores de 13 anos não usarem. Não há punição para uma criança utilizando aquele espaço, o que existe de regulamentação é uma política do próprio instagram para questão de nudes – que também incluei os adultos para proibição. No marco civil da internet, não existe punição no Brasil”, destaca.

A pesquisadora estudou o fenômeno através dos perfis de dois influencers no instagram, a @dudinha.show com mais de 45 mil seguidores e @guiguibashow, que tem 424 mil seguidores. “Quando analisamos esses digitais influencers percebemos que são crianças que se colocam como produto. Elas estão reproduzindo modelos que já existem, são adultos em miniatura, e as consequências disso não posso falar como pesquisadora, mas percebemos que é um caminho semelhante ao que aconteceram com astros mirins de antigamente. Eles ganham um sucesso muito rápido e depois tem problemas de lidar com isso na fase adulta”, explica.

Flalrreta também lembra do lado comercial associado a essa superexposição. “O sistema em que vivemos (capitalismo) possibilita espaços para capitalização da imagem. E isso contribui sumariamente para que alguns indivíduos ocupem espaços em busca desse objetivo. Principalmente os perfis mais famosos. Quando cria-se um perfil para um recém-nascido, além da questão social, pode haver também a intenção capital, onde aquela cria pode gerar renda e atrair outros investimentos. Ela passa a ser também um produto dentro da rede”, afirma.

Edição: João Magalhães
Por: Glenda Uchôa
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