O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta segunda-feira (22) um indicador sobre o esforço inovativo das empresas brasileiras com 100 ou mais pessoas ocupadas das indústrias extrativas e de transformação, relativo a 2022. O indicador Dispêndios internos em Pesquisa e Desenvolvimento Empresarial em relação à Receita, que mescla dados da Pesquisa Industrial Anual - PIA EMPRESA e da PINTEC Semestral 2022: Indicadores básicos, é uma pesquisa do IBGE realizada em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)e com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“O novo indicador permitirá cobrir lacunas fundamentais do sistema estatístico nacional de ciência, tecnologia e inovação, orientando o desenho e implementação de políticas públicas e estratégias empresariais”, destaca a gerente de Análise Estrutural e Temática do IBGE, Fernanda Vilhena.
O indicador aponta que, em 2022, as empresas industriais com 100 ou mais pessoas ocupadas investiram 0,65% de sua receita liquida de vendas em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), somando 36,9 bilhões de reais. Esse indicador foi superior à essa média total no caso das indústrias extrativas, em que o percentual atingiu 1,72%, enquanto nas indústrias de transformação foi empreendido esforço em P&D interno de 0,58% da receita líquida de vendas.
Concluídas as divulgações da PINTEC Semestral, em março deste ano, e da Pesquisa Industrial Anual - Empresa(PIA-Empresa), em junho, foi possível produzir o indicador de investimento em P&D, cujo cálculo é obtido pela razão entre os dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento internos e a receita apurada pelas empresas. Os dados de receita referem-se à receita líquida de vendas obtida na PIA-Empresa.
Em 2022 as empresas com 500 ou mais pessoas ocupadas investiram 0,70% da receita líquida de vendas em P&D interno. Já as empresas de 250 a 499 pessoas ocupadas e de 100 a 249, implementaram menor esforço para inovar, 0,52% e 0,37%, respectivamente.
Os destaques setoriais, com razão acima da média da indústria total foram: Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,69%), Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (1,47%), Fabricação de borracha e plástico (1,16%), Fabricação de outros equipamentos de transporte (0,96%), Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (0,96%), Impressão e reprodução de gravações (0,86%) e Fabricação de produtos diversos (0,67%).
Já na outra ponta, Metalurgia (0,22%), Fabricação de produtos alimentícios (0,26%) e Fabricação de bebidas (0,28%) foram os que tiveram a menor proporção desses dispêndios em relação à receita líquida de vendas.
Mais sobre a pesquisa
A Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica - PINTEC, teve início em 2000, com resultados nacionais para o triênio 1998-2000, seguindo as diretrizes estabelecidas no Manual de Oslo, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico - OCDE (Organisation for Economic Co-operation and Development - OECD), com vistas à comparabilidade internacional de suas informações. A PINTEC fornece informações para a construção de indicadores setoriais, regionais e nacionais das atividades de inovação das empresas brasileiras com 10 ou mais pessoas ocupadas, tendo como universo de investigação as atividades das Indústrias extrativas e de transformação, bem como dos setores de Eletricidade e gás e Serviços selecionados.
A partir do ano de 2021, iniciou-se a realização de uma nova pesquisa, derivada da PINTEC, porém com amostra, forma de coleta e conteúdo distintos. Esse levantamento, Pesquisa de Inovação Semestral - PINTEC Semestral, fruto de parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial - ABDI e a Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, tem o objetivo de fornecer indicadores de inovação e temas correlatos, de forma mais tempestiva que a PINTEC tradicional. A PINTEC Semestral fornece informações para a construção de indicadores setoriais e nacionais das atividades de inovação das empresas brasileiras com 100 ou mais pessoas ocupadas.
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