Com o objetivo de fomentar um trabalho mais efetivo da Secretaria de Segurança Pública do Piauí, com foco especial na integração dos agentes da Polícia Militar, Polícia Civil e Bombeiros Militares, o governador do Estado, Rafael Fonteles (PT), assinou, nesta quarta-feira (10), o decreto para a criação das Regiões Integradas de Segurança Pública – RISP, das Áreas Integradas de Segurança Pública – AISP.
Segundo as informações, as AISP terão como foco a delimitação geográfica de áreas em que a Polícia Militar e Civil irão atuar em conjunto, integrando a participação de Delegacias Regionais, Distritos Policiais e Batalhões de Polícia Militar.
A nova sistemática permitirá a integração das forças de segurança, além de garantir uma maior eficiência no atendimento ao cidadão, com ações direcionadas e de responsabilidade territorial, facilitando o trabalho de identificação e mapeamento de ocorrências.
Para o governador Rafael Fonteles (PT), o novo projeto está distante de ser o ideal no combate a criminalidade no Piauí. Entretanto, com o início do trabalho é esperada uma redução dos crimes no estado.
“Estamos atuando em várias frentes para que a gente possa de fato reduzir esse problema [da criminalidade] que é complexo, mas que felizmente começa. Estamos longe do ideal, porém começa surtir efeito na redução dos índices de criminalidade do nosso estado”, disse.
A medida já é adotada em quase todos os Estados, como Ceará, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, e possibilita o compartilhamento de informações, acompanhamento de indicadores e uma gestão voltada aos resultados.
Como irá funcionar
As Áreas Integradas de Segurança Pública serão compostas por 31 unidades territoriais, levando em consideração os territórios de desenvolvimento do Estado. De acordo com o Governo, cada uma das unidades territoriais contará com um Batalhão de Polícia Militar, uma Delegacia Regional e um Conselho Territorial de Segurança Pública.
O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, pontuou ainda que, a partir de agora, áreas comuns, tanto para a Polícia Militar como Polícia Civil, serão levadas em consideração para a atuação policial. Isso, segundo ele, fará com que a problemática dita pela população de “passar por instâncias territoriais" seja sanada.
“Os comandantes terão a obrigação de primeiro conhecer as pessoas que fazem parte do conselho e também serem conhecidos. Eles terão de interagir de modo a ter o controle social das medidas de segurança [...] Tudo isso está sendo pensado nessa integração de uma polícia mais próxima e mais comunitária”, destacou o secretário.
Ele relatou ainda que para questões de remuneração e promoções será levada em consideração a produtividade do agente policial no projeto.
“Isso vai ser determinante nas promoções e na remuneração dos policiais. Uma parcela da remuneração dele, ou seja, a produtividade dele vai ser aferida pelo grau de engajamento dele na comunidade”, frisou.
Núcleo de Ciências Aplicadas à Segurança Pública – DataSSP
Na oportunidade foi criado ainda o Núcleo de Ciências Aplicadas à Segurança Pública – DataSSP, em parceria com a Universidade Federal do Piauí, Universidade Estadual do Piauí e Instituto Federal do Piauí. O núcleo tem como objetivo desenvolver ferramentas tecnológicas para a prevenção de crimes através do uso da inteligência artificial e de modelos estatísticos, dando maior eficácia às políticas públicas.
Com edição de Nahalia Amaral.