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Inflação tem alta 0,39% em novembro, influenciada por alimentação

Um olhar sensível sobre a complexidade das relações humanas e a busca pela verdadeira conexão.

10/12/2024 às 09h05

A inflação do país teve alta de 0,39% em novembro, caindo 0,17 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior (0,56%). O resultado foi influenciado pelas altas no grupo Alimentação e bebidas (1,55%), após aumento nos preços das carnes (8,02%), no grupo Transportes (0,89%), impulsionado pelo aumento da passagem aérea (22,65%), e no grupo Despesas pessoais (1,43%), influenciado pelo aumento do cigarro (14,91%). No ano, a inflação acumulada é de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE.

Em termos de impacto no índice geral de novembro, Alimentação e bebidas exerceu 0,33 p.p, sendo que, entre os subitens, contrafilé, alcatra, refeição, óleo de soja e costela pressionaram para este aumento, com o impacto de 0,03 p.p cada.

“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC, André Almeida.

O grupo de Transportes registrou alta de 0,89%, influenciada pelo subitem passagem aérea, que subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 p.p., maior impacto individual no índice do mês. Já os combustíveis caíram -0,15%, influenciados pelas quedas nos preços do etanol (-0,19%) e da gasolina (-0,16%). Por sua vez, gás veicular (0,09%) e óleo diesel (0,03%) registraram variações positivas.

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano subiu 3,64%, após gratuidades concedidas nas passagens nos dias de eleições municipais em diversas áreas de abrangência da pesquisa no mês de outubro. Em São Paulo, foram registradas reduções de -0,43% no trem e no metrô, decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população nos dias de realização das provas do ENEM.

André Almeida destaca a influência vinda das passagens aéreas. “A proximidade do final de ano e os diversos feriados do mês podem ter contribuído para essa alta”, explicou o gerente da pesquisa.

Em Despesas Pessoais (1,43% e 0,14 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pelo cigarro (14,91% e 0,07 p.p.). Em 1º de novembro, houve aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros. Altas também foram observadas nos subitens pacote turístico (4,12%) e hospedagem (2,20%).

Por outro lado, a maior queda registrada em novembro veio de Habitação, com taxa de -1,53% e -0,24 p.p de impacto no índice geral. O resultado foi impactado pelo subitem energia elétrica residencial, que caiu 6,27% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos.

Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: de 4,97% em Goiânia (-2,13%), a partir de 22 de outubro; redução de 2,98% em Brasília (-9,30%), a partir de 22 de outubro; e redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (-7,23%), a partir de 23 de outubro.

Inflação fica no campo positivo em todas as localidades pesquisadas

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em outubro. A maior variação ocorreu em Rio Branco (0,92%), influenciada pela alta das carnes (8,04%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Porto Alegre (0,03%), por conta do recuo da energia elétrica residencial (-7,67%).

INPC tem alta de 0,33% em novembro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,33% em novembro, 0,28 p.p. abaixo do resultado observado em outubro (0,61%). No ano, o INPC acumula alta de 4,27% e, nos últimos 12 meses, de 4,84%, acima dos 4,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa foi de 0,10%.

Os produtos alimentícios registraram alta de preços pelo terceiro mês consecutivo, acelerando de 1,11% em outubro para 1,62% em novembro. Por sua vez, os produtos não alimentícios caíram 0,08%, após alta de 0,45% em outubro.

Quanto aos índices regionais, Rio Branco registrou a maior variação (0,89%), por conta da alta das carnes (8,61%) e da gasolina (2,20%). Já a menor variação foi observada em Porto Alegre (-0,02%), por conta dos recuos dos preços da energia elétrica residencial (-7,61%) e da gasolina (-1,64%).

Mais sobre as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA e INPC, referente a dezembro, será divulgado em 11 de janeiro.