Na última semana escrevemos aqui na coluna que o cenário de disputa pela Prefeitura de Teresina em 2024 segue no sentido de haver espaço para três candidaturas competitivas. Uma do grupo que hoje ocupa o Palácio da Cidade; outra do grupo liderado pelo governador Rafael Fonteles (Palácio de Karnak); e uma terceira que atualmente não ocupa nenhum palácio e é formado por Progressistas, Silvio Mendes (União Brasil) e o que restou do PSDB.
Hoje vamos falar do último grupo. Com quatro pré-candidaturas em campo, Luciano Nunes (PSDB) e Joel Rodrigues (Progressistas) não demonstram condições de emplacar eleitoralmente. Ao primeiro, apesar da imagem de seriedade e o histórico de boa gestão, faltam-lhe apelo popular. Sua linguagem é técnica. Já Joel Rodrigues, fica cada vez mais evidente que sua expressiva votação para o Senado em Teresina ocorreu por circunstâncias pontuais. Ele não conseguiu construir um grupo para defender seu nome no Progressistas.
Dessa forma, Bárbara do Firmino e Silvio Mendes estão com o campo livre para duelarem pela vaga de candidato a prefeito do grupo. A decisão de Bárbara em anunciar que fica no Progressistas põe fim às dúvidas causadas pelas conversas entre sua mãe, Lucy Silveira, e o vice-governador Themístocles Filho (MDB). Para quem quer concorrer em uma eleição difícil como é a disputa pela Prefeitura de Teresina, não é interessante gastar energia com o próprio partido.
Já Silvio Mendes, tem a seu favor, a boa avaliação de suas gestões, ainda na lembrança do teresinense. No momento atual, com a impopular gestão de Dr. Pessoa, este é um ativo muito importante. Por outro lado, não há como esconder as dificuldades de Mendes em se articular politicamente, de praticar um discurso que aglutine forças políticas em torno de si.
De qualquer forma, o grupo “Sem Palácios” dá um passo a frente ao afunilar a disputa. O desafio é a condução do processo de escolha do candidato, sem causar rupturas entre os pré-candidatos.