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Exposição ‘Árvore que arranha’ narra a história do Piauí através da Carnaúba

A exposição, assinada por Maurício Pokémon, segue até o dia 21, com fotografias e objetos naturais

13/12/2024 às 09h07

A carnaúba é a árvore símbolo do Piauí e tem uma importância significativa na construção do nosso Estado. Por meio dela, o povo piauiense tece suas memórias e nutre o imaginário popular. E é pelo olhar do fotógrafo Maurício Pokémon que essa história será narrada durante a exposição “Árvore que Arranha”, um projeto de exposição fotográfica que traz uma profunda reflexão sobre a memória e biomas nordestinos, colocando em foco a carnaúba, árvore emblemática do semiárido, que simboliza vida e resistência.

A exposição 'Árvore que Arranha' é do fotógrafo Maurício Pokemón - (Divulgação) Divulgação
A exposição 'Árvore que Arranha' é do fotógrafo Maurício Pokemón

A exposição “Árvore que Arranha” segue até o dia 21 de dezembro, com muitas fotografias e objetos naturais, como o tronco de uma árvore de tucum, e acontece no Campo - Arte Contemporânea, bairro São João, zona Leste de Teresina.

O artista explica que as carnaúbas são as protagonistas da exposição, sendo as vozes que narram as inúmeras situações ocorridas ao longo dos anos, a exemplo da Batalha do Jenipapo, fato histórico que marcou a independência do Piauí e aconteceu às margens do Rio Jenipapo, no município de Campo Maior.

As carnaúbas têm, em média, 200 anos de vida, então, muitas carnaúbas guardam a memória da Batalha do Jenipapo, e que não está nos livros. Foi um trabalho que começou em 2021, durante uma pesquisa, e visitei algumas comunidades que vivem da carnaúba. E esse trabalho vem para compartilhar essa vivência das comunidades ao público

Maurício Pokémonfotógrafo e artista

Pokémon revela que esse tipo de pesquisa acredita na historiografia oral das pessoas, no qual as pessoas que integram essas comunidades trazem relatos, verídicos ou fictícios, mas que permeiam o imaginário dos que ali vivem.

“Tem-se o entendimento de que a Batalha do Jenipapo foi esse grande maior histórico, mas se pensarmos um pouco, essa história é recontada sempre da mesma maneira e de uma ótica só. Então, visitar essas comunidades e ouvir a história contada por elas, sobre o que foi a Batalha e o que significa a Independência para elas, é trazer a cultura vista pelo olhar dessas personagens”, disse.

Na comunidade Resolvido, zona rural de Campo Maior, as mulheres desenvolvem o artesanato com a madeira e a palha da carnaúba. - (Divulgação) Divulgação
Na comunidade Resolvido, zona rural de Campo Maior, as mulheres desenvolvem o artesanato com a madeira e a palha da carnaúba.

Na comunidade Resolvido, zona rural de Campo Maior, as mulheres desenvolvem o artesanato com a madeira e a palha da carnaúba. O trabalho é ensinado e repassado por gerações, mantendo viva a resistência, tradição e preservação do bioma e das memórias.

“É um trabalho que não é de agora, que era feito pelas avós e bisavós. Elas já faziam vassouras lá atrás, mas elas não reconheciam que isso era um tipo de arte e de saber, de que era um artesanato. São narrativas e histórias que vão se cruzando, e o ‘Árvore que Arranha’ é um projeto que admite a narrativa dessas múltiplas narrativas”, comenta o fotógrafo.

Serviço

Exposição Árvore que Arranha

Artista: Maurício Pokémon

Lançamento: 11 de dezembro de 2024, às 18h

Local: Campo - Arte Contemporânea 

Endereço: Rua Agnelo Pereira da Silva, 3497 - São João, Teresina - PI.


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