A Polícia Civil de Esperantina prendeu na tarde desta segunda (22) duas pessoas, com as iniciais M.K.N.de O. e E F.S.R, a mãe e o padrasto de Anna Kerolayne Gomes Nunes, a criança de três anos que estava internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) por suspeita de maus-tratos. Ainda durante a tarde, o hospital encerrou o protocolo de morte encefálica e confirmou o óbito da criança, que deu entrada na unidade de saúde na última semana com marcas de agressão pelo corpo.
Os dois suspeitos podem ser enquadrados pelo crime de homicídio qualificado pela tortura em contexto de violência doméstica e familiar. Além das prisões, foram apreendidos vários aparelhos celulares vinculados ao caso, que serão analisados. De acordo com informações da Polícia Civil, Anna Kerolayne havia sido levada para o Hospital Estadual Dr. Júlio Hartman, em Esperantina, onde residia. Mas devido a gravidade do caso foi transferida para o HUT.
Em entrevista ao Portal O Dia, nesta segunda-feira (22), a delegada titular de Esperantina, Polyana Oliveira disse que a criança tinha marcas de agressão, sofreu maus-tratos. De acordo com ela, foram realizadas perícias que confirmam que Anna Kerolayne foi vítima de agressão física e que estas agressões estariam relacionadas com o quadro clínico grave. A menina morava com a avó paterna em Teresina até janeiro deste ano, quando foi levada para mãe para viver com ela em Esperantina.
Após receber a menina com sinais de agressão, o HUT acionou o Conselho Tutelar. A entidade, então, denunciou o caso à polícia de Esperantina, onde Ane vivia. A Polícia Civil, então, abriu o inquérito e iniciou as investigações, até chegar a prisão do padrasto e da mãe da criança.
Entenda o processo da decretação de morte encefálica
No protocolo de morte encefálica são avaliados: os reflexos da pupila, reflexo/movimento dos olhos com a rotação da cabeça; reflexo/movimento dos olhos com inserção de água nos ouvidos; reflexos do tronco encefálico. Alguns exames complementares também são necessários: demonstração de ausência de fluxo sanguíneo no cérebro; demonstração da atividade elétrica do cérebro e confirmação de ausência de metabolismo cerebral.
A declaração de morte encefálica é emitida por dois médicos depois de passar por todos os critérios. O HUT confirmou ao Portalodia.com que ainda na terça (23) o protocolo de morte encefálica da criança foi encerrado.
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