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Fraudes e golpes virtuais? Saiba como evitar e proteger seus dados pessoais

Os crimes mais comuns estão relacionados a compras virtuais, segundo especialista

11/07/2023 às 08h43

28/09/2023 às 06h17

Não há dúvidas que a tecnologia é uma grande aliada atualmente. Porém, é preciso ter atenção com seus dados pessoais para evitar fraudes e golpes virtuais, geralmente cometidos em redes sociais, por telefone e em cartões de crédito.

O advogado José Antônio Cantuária Monteiro destacou os principais golpes aplicados e como evitar ser vítima desses fraudadores. O especialista destaca que o Piauí foi o primeiro estado a reconhecer o estupro virtual no Brasil e explica como esse tipo de prática ocorre.

Segurança tecnológica - (Divulgação) Divulgação
Segurança tecnológica

“O estupro virtual que é quando você troca fotos íntimas e a outra pessoa tenta te chantagear dizendo que vai divulgar as fotos nas redes sociais se não receber mais imagens. Essa pessoa acaba extorquindo a vítima, muitas vezes até pedindo dinheiro, ou pedindo que a pessoa se toque e envie fotos, por isso é considerado estupro virtual”, ressalta.

Outro crime comumente aplicado são os das compras falsas. “As pessoas estão em casa e fazem compras pela internet. Os criminosos se aproveitam, criam Instagram falsos de pousadas, colocam o mesmo nome, algumas fotos, e começam a seguir as pessoas, oferecendo pacotes e serviços com alguns descontos. A pessoa gosta e acaba comprando, só que o Pix vai para uma conta fantasma, e a pessoa é fraudada pelas redes sociais”, destaca o advogado.

Além disso, há também os crimes relacionados à clonagem de cartões de crédito. Ao efetuar uma compra em sites, as pessoas acabam fornecendo seus dados pessoais e dos cartões. Os criminosos se valem de disso para roubar essas informações e aplicar os golpes. “Ao colocar seus dados em sites de compras, as pessoas deixam as contas abertas e o fraudador só precisa de poucos dados seus para fazer um estrago em sua vida”, cita José Antônio Cantuária Monteiro.

Caiu em um golpe? Saiba o que fazer

Ao perceber que caiu em um golpe, a vítima deve imediatamente buscar as autoridades policiais. Às vezes, por ser um pequeno delito, as pessoas acabam não procurando o poder público. Em seguida, se deve procurar a operadora de telefonia e fazer o cancelamento do número.

“O Banco Central, devido à quantidade exorbitante de pix fraudados, ele consegue bloquear aquela conta por sete dias. É preciso também tomar cuidado quando estiver em alguma rede pública, como em shoppings e praças. Deve-se evitar usar internet gratuita e fazer transações bancárias nessas redes, usando apenas para o WhatsApp e redes sociais. Muitas vezes pode ser o próprio fraudador que oferece essa rede para te pescar, e aí ele terá acesso aos seus dados e ao seu tráfego”, alerta o advogado José Antônio Cantuária Monteiro.

O especialista recomenda também que a vítima procure a Delegacia de Repressão e Combate aos Crimes de Informática (DRCI), localizada no Espaço da Cidadania do Show Auto Mall, na Avenida João XXIII, zona Leste de Teresina. Vale lembrar que o boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia.

Como se proteger?

O advogado José Antônio Cantuária Monteiro deu algumas dicas para se proteger contra golpes virtuais e fraudes. “O primeiro grande erro das pessoas é usar a mesma senha para todas as contas. Assim, a dica é trocar a senha a cada seis meses, o que evita a fraude, e não use monitores de tráfego, pois isso dificulta o acesso aos dados”, acrescenta.

Veja outras dicas:

- Usar autenticadores de dois fatores;

- Evitar colocar nomes como “mãe” ou “pai” para que o fraudador não identifique quem são seus parentes mais próximos;

- Evitar fazer transações bancárias em redes abertas;

- Bloquear números desconhecidos;

- Fique atendido a erros de gramaticais em mensagens suspeitas.

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