O Governo do Estado, através das Secretarias da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc) e da Secretaria da Saúde (Sesapi), assinam, nesta segunda-feira (10), junto à gestores de 50 municípios, termo de cooperação técnica referente ao Programa de Enfrentamento à Desnutrição Infantil e de Fortalecimento da Proteção Social.
Segundo a secretária da Sasc, Regina Sousa, o termo de cooperação técnica é um compromisso do Governo do Piauí com as questões sociais, sobretudo com a conjugação de esforços juntamente com os municípios, na consecução do combate à desnutrição infantil e reforço da proteção social. Na mesma solenidade, o governador entregará certificados de créditos a 51 entidades selecionadas pelo Sistema Estadual de Incentivo à Inclusão e Proteção Social (SEIPS), que distribuirá R$ 8 milhões.
As entidades podem receber até R$ 180.800,00 para desenvolver projetos de promoção e inclusão social. Os valores são oriundos de renúncia fiscal e contemplam despesas de custeio, aquisição de bens, reformas e construção. Confira AQUI a relação dos municípios beneficiados com o Programa de Enfrentamento à Desnutrição Infantil e de Fortalecimento da Proteção Social.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que a desnutrição é a ingestão alimentar inadequada que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes. Os determinantes de saúde mais reconhecidos da desnutrição infantil incluem:
- Baixo peso ao nascer;
- Falta de aleitamento materno;
- Desnutrição materna;
- Anemia da mãe e da criança.
Insegurança alimentar pode agravar quadros de desnutrição
A fome e a insegurança alimentar atingem parte da população piauiense e agravam quadros de desnutrição. E nesse contexto, as crianças são as mais impactadas pela falta de alimentação adequada, já que ainda estão na fase de desenvolvimento físico, mental e emocional. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Piauí, em 2023, a PNAD Contínua registrou que a população residente em cerca de 42% dos domicílios do estado apresentava algum grau de insegurança alimentar, o quinto maior indicador do Brasil, 14,4 pontos percentuais acima da média nacional (27,6%), e 3,3 pontos percentuais acima da média da região Nordeste (38,7%). Isso significa fizer que 1 em cada 4 domicílios sofreu com a falta de alimentos no ano passado.
De acordo com os graus de insegurança alimentar, a PNAD Contínua do IBGE registrou no Piauí, em 2023, que cerca de 27,2% dos domicílios do estado estavam com um grau leve de insegurança, enquanto 8,7% dos domicílios com grau moderado e 5,4% com grau grave. Somando-se a proporção de domicílios com grau moderado e grave no Piauí, tínhamos que 14,1% dos domicílios estavam em situação efetiva de insegurança alimentar.
A “segurança alimentar” reflete o pleno acesso dos moradores dos domicílios aos alimentos, tanto em quantidade suficiente como em qualidade adequada. Nas circunstâncias de acesso pleno, a pessoa entrevistada na pesquisa do IBGE sequer relata preocupação ou iminência de sofrer qualquer restrição alimentar no futuro próximo. Por sua vez, a “insegurança alimentar” reflete a insuficiência do acesso aos alimentos nos domicílios, seja em quantidade como em qualidade, e pode ser classificada em três diferentes graus.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.