O Sindicato dos Docentes do Instituto Federal do Piauí (SINDIFPI), por meio dos professores da instituição, decidiram em assembleia, no final da tarde dessa segunda-feira (01) suspender a greve e as aulas serão retomadas normalmente nesta quinta-feira (4). A greve foi deflagrada no dia 15 de abril e durou cerca de 80 dias.
Já os técnicos administrativos do IFPI encerraram a greve na última sexta-feira (28) e vão retomar as atividades nesta quarta-feira (3). O Comando Nacional de greve decidiu anunciar o fim do movimento grevista no último domingo (22) em Brasília (DF), com representantes sindicais.
De acordo com Gilcelene Brito, coordenadora de Comunicação do SINDIFPI, a assembleia avaliou a greve como vitoriosa do ponto de vista político, mas com conquistas parciais de algumas pautas.
“Obtivemos um índice de reajuste salarial um pouco maior do que a proposta inicial do governo. Na pauta da recomposição orçamentária das instituições federais, foram anunciados cerca de R$ 120 milhões de reais para os institutos federais, menos de 10% do que as entidades reivindicam. Além da ampliação parcial da assistência estudantil, embora aquém dos índices reivindicados”, ressaltou.
Para Gilcelene Dias, somente a força da greve foi capaz de fazer o governo se movimentar para modificar posturas consideradas intransigentes.
“Uma grande vitória da greve foi a revogação da Portaria MEC 983/2020, que sobrecarrega os (as) docentes dos Institutos Federais em sala de aula e na prática, inviabiliza atividades de pesquisa e extensão. Outras normas relativas à carreira docente também foram revogadas após a pressão da greve sobre o governo”, citou.
Reformulação do calendário acadêmico
O SINDIFPI reforça que apesar do retorno às atividades, as mobilizações continuarão em torno das pautas gerais da instituição e o calendário acadêmico será reformulado.
“A decisão sobre o retorno às atividades marca o encerramento apenas desta greve, mas as mobilizações continuarão em torno das pautas gerais de nosso instituto. Os calendários acadêmicos serão reformulados para a reposição dos dias parados, garantindo o direito dos estudantes com os quais nos comprometemos sempre. O SINDIFPI oficiou a reitoria, diretorias dos campi e diretorias para garantir que essa reformulação seja feita de modo democrático”, finalizou.
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