O juiz Raimundo Holland Moura de Queiroz, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, aceitou a denúncia apresentada pela promotora Francineide Sousa, do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), contra os 31 suspeitos de aplicarem golpe de cerca de R$ 19 milhões contra agências do banco Santander. O grupo foi desarticulado no mês passado na Operação Prodígio, deflagrada pela Polícia Civil.
O magistrado analisou que ficou comprovado a justa causa para a deflagração da ação penal, já que há indícios suficientes de autoria e de materialidade dos crimes narrados na denúncia. Segundo o juiz, não existe circunstâncias para ensejar rejeição da inicial. Ao final, ele aceitou a ação contra todos os denunciados.
Veja a lista dos denunciados
- Anderson Ranchel Dias de Sousa
- Angela Marques de Almeida Terto
- Ariosvan Lopes Pereira
- Diana Mayara da Costa Reis
- Dimona Cibele de Andrade Miranda
- Eristay Cantuario Oliveira
- Erisvelton Felipe Oliveira Santos
- Handson Ferreira Barbosa
- Ilgner de Oliveira Bueno Lima
- João Gabriel Vieira Leal dos Santos
- José Iann da Penha Passos
- Juliana Maciel Aires
- Kamila Thayline de Oliveira Gomes
- Liedson Ribeiro da Costa
- Louise Raquel Cardoso de Sousa
- Marcelo Cristian Gomes Silva,
- Marcelo de Sousa Almeida
- Maria Aparecida da Costa Morais
- Rafael Soares de Oliveira
- Raimundo Isaias Lima
- Ramon Vitor Lopes Gomes
- Rennan Erick de Oliveira Sousa
- Sávio Máximo de Sousa Andrade
- Simplício da Silva Santos
- Tairo Nunes da Silva
- Taise Nunes da Silva
- Tiago de Carvalho Santos
- Vinícius de Morais Sousa
- Vitoria Ferreira do Nascimento
- Wanderson Santos Queiroz
- Washington Silva de Santana
COMO FUNCIONAVA O ESQUEMA
A Operação Prodígio foi desencadeada em setembro deste ano após a investigação da Polícia Civil do Piauí 117 contrato de aberturas de contas bancárias em agências do Piauí. Os mandados de busca e apreensão e prisão temporária foram cumpridos em Teresina, Floriano, Amarante e Nazaré do Piauí.
De acordo com as investigações, a maioria dos integrantes eram jovens entre 19 e 21 anos que se passavam por médicos e engenheiros para conseguir abrir contas nos bancos utilizando dados pessoais falsos. Um deles, um rapaz de apenas 18 anos, foi preso na zona Sul de Teresina.
O grupo criminoso era formado, em uma parte, por jovens entre 19 e 21 anos. Eles se passavam por médicos e engenheiros para conseguir abrir contas nos bancos utilizando dados pessoais falsos. A organização era composta por três núcleos principais: os líderes que operavam o esquema, as pessoas que eram cooptadas para se passar por clientes e abrir as contas nos bancos e o braço financeiro, formado inclusive por empresas fantasmas.
Estas empresas eram usadas para lavar o dinheiro conseguido com o esquema angariar os valores usados para movimentar as contas e aumentar os limites de crédito.