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Mulher que atropelou e matou criança em parque em Timon responderá em liberdade

De acordo com o delegado Renato Cordeiro, prisões preventiva ou temporária só se aplicam em casos em que o acusado dificulta a investigação, o que não ocorre na situação.

24/02/2023 08:16

empresária que atropelou e matou o menino Álvaro Leal Santana Campelo no playground de um condomínio em Timon responderá ao processo em liberdade mesmo após ter sido indiciada. A acusada foi indiciada por homicídio culposo, ou seja, quando não há intenção de matar, e por lesão corporal culposa, ou seja, quando não há intenção de ferir. 

O delegado que preside o inquérito, Renato Cordeiro, explicou que a prisão preventiva ou a prisão temporária só são pedidas à justiça caso o acusado dificulte a investigação, intimide testemunhas ou tente fugir. Ele disse que não é o caso da empresária que está sendo indiciada. “Desde que o acidente aconteceu, ela tem atendido a todas as intimações e tem comparecido a todos os atos. Então como há essa colaboração até a segunda ordem, ela responde ao processo em liberdade”, explicou.

Na peça de indiciamento, a polícia concluiu que o acidente que culminou na morte de Álvaro e na lesão de mais três pessoas ocorreu devido a falha humana. Os peritos que testaram o veículo da empresária, um Fiat Toro, não encontraram nenhum defeito de frenagem, aceleração ou visibilidade. O delegado disse que a ação humana não intencional foi que provocou o fato.


Acidente aconteceu em um condomínio de Timon - Foto: Reprodução/Whatsapp

“O veículo estava com suas funções em perfeitas condições, então cremos que para acelerar daquela forma abrupta que acelerou, houve ação humana e entendemos que o causou foi um erro humano. A condutora, de forma desatenta, ao invés de frenar o veículo, o acelerou, fazendo-o subir no meio fio e atingir as vítimas”, relata o delegado Renato.

No acidente, além da morte de Álvaro Leal, mais três pessoas ficaram feridas: a mãe do menino sofreu uma lesão na mão, uma criança de um ano se lesionou e um adolescente de 13 anos sofreu cortes na cabeça. A empresária responderá pela lesão corporal culposa contra a mãe de Álvaro, já que os pais do bebê de um ano e do jovem de 13 anos não chegaram a prestar queixa.

Uma vez o inquérito concluído, a peça será remetida ao Ministério Público, que fará a análise e decidirá se oferecerá ou não denúncia à justiça. Em caso de o Poder Judiciário aceitar a denúncia do MP, a empresária passará da condição de acusada para ré, podendo ser condenada pelos crimes de homicídio culposo e lesão corporal culposa. As penas podem chegar de seis meses a seis anos de detenção.

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