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Os quatro elementos: Heróis do fogo

Terra, Água, Fogo e Ar, profissões em harmonia com a natureza

21/09/2024 às 11h36

21/09/2024 às 11h36

Profissões quatro elementos da natureza - (O DIA) O DIA
Profissões quatro elementos da natureza

A natureza é composta por quatro elementos: terra, água, fogo e ar. Cada um, com sua essência, inspira profissões dedicadas à sua preservação e cuidado. Agricultores cultivam a terra, nutrindo o ciclo da vida; pescadores navegam pelas águas, colhendo histórias e sustento; bombeiros enfrentam o fogo, protegendo vidas e lares; enquanto pilotos de aeronaves desbravam os céus. Guardiões que convivem em harmonia com esses elementos, mostrando que cada um desempenha um papel essencial no sustento e na defesa social.

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Não é todo mundo que tem coragem e garra para enfrentar o fogo. Labaredas imensas, temperaturas que podem chegar a 1000º C, fumaça e ambientes desafiadores. Muitos homens e mulheres desafiam as chamas diariamente para salvar pessoas e animais em incêndios urbanos e florestais. Uma atitude que exige muito treinamento e preparo, afinal, qualquer ação que não saia como planejada pode mudar completamente os rumos da ocorrência.

Mas, além do preparo, é preciso vocação. Algo que o 1º tenente Pedro Bento, do Corpo de Bombeiros do Piauí, tem certamente de sobra. Desde que entrou na corporação, em 2017, ele se identificou com combate a incêndios, quando passou a se especializar nessa área. No ano de 2021, fez um curso básico de combate a incêndio no Ceará, proporcionando maior conhecimento para atuar nas ocorrências, comando de guarnições e de técnicas e equipamentos.

1º tenente Pedro Bento, do Corpo de Bombeiros do Piauí - (Jorge Machado/ODIA) Jorge Machado/ODIA
1º tenente Pedro Bento, do Corpo de Bombeiros do Piauí

“Eu tenho uma certa aptidão para isso, o fogo sempre me atraiu, tanto a parte de instrução quanto operacional, do combate em si, como de coordenar, pois precisa de um certo estudo, e só se dedica quem gosta. O fogo me fascina, porque o Corpo de Bombeiros é uma instituição criada para apagar fogo e não tem nenhuma outra instituição que seja responsável por isso. Então, se eu vou ser um bombeiro, eu tenho que saber o que é e fazer bem o trabalho primordial do bombeiro, que é apagar incêndio”, comenta empolgado o 1º tenente.

Trabalhar com fogo é algo complexo. Para atuar no combate a incêndios, não basta ter aptidão, é preciso conhecimento teórico e prático, seja dos equipamentos que serão utilizados durante o atendimento, seja dos elementos que compõem a ocorrência. São muitos detalhes para ficar atento: os métodos de transmissão de calor, o comportamento do fogo, o desenvolvimento do incêndio, entender os efeitos fisiológicos do calor no corpo do bombeiro, bem como as técnicas de combate, resgate e salvamento.

“Os equipamentos de proteção individual são muito peculiares, pois não são utilizados em nenhum outro tipo de atividade, como trajes de aproximação que aguentam temperaturas de até 1000º C, equipamentos de proteção respiratória autônoma, como cilindros de oxigênio”, explica.

Para atuar no combate a incêndios, não basta ter aptidão, é preciso conhecimento teórico e prático - (Jorge Machado/ODIA) Jorge Machado/ODIA
Para atuar no combate a incêndios, não basta ter aptidão, é preciso conhecimento teórico e prático

Pedro Bento lembra que, se esses equipamentos não forem aplicados da maneira correta, o bombeiro pode se queimar. Assim, esses materiais fazem com que o militar fique completamente encapsulado do calor e com seu próprio oxigênio. Mas não é somente com o fogo que o bombeiro militar precisa lidar, há outro elemento que também exige atenção: a fumaça. A substância possui características que, se não controlada, pode gerar novos focos de incêndio.

“A fumaça é quente, e a roupa te protege. Ela é móvel, ou seja, sempre está em deslocamento no ambiente, então, se ela baixar muito, você perde a visibilidade, além de ser opaca. É inflamável e, se tiver um erro na ocorrência, esse incêndio pode piorar. O incêndio é complicado porque ele pode se alastrar, ter uma maior quantidade de vítimas e ter resultados inesperados. Você nunca sabe como a ocorrência de incêndio vai terminar, sendo uma grande responsabilidade. Sempre treinamos e nos preparamos para fazer o melhor. É um desafio!”, relata.

Nesses anos de bombeiro militar, o 1º tenente Pedro Bento já participou de inúmeros atendimentos, desde os mais simples aos mais complexos e, independente da ocorrência, todas são tratadas com o mesmo cuidado e profissionalismo. Embora enfrentar o fogo seja um trabalho desafiador, a satisfação em servir e proteger faz cada esforço valer a pena.

Já atendi várias ocorrências e de várias naturezas, algumas muito difíceis, que no final do dia nos deixa pensativos. É bem cansativo e desgastante, mas, para quem ama, dá uma satisfação pessoal de estar servindo

1º tenente Pedro BentoCorpo de Bombeiros do Piauí
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