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Piauí lança disque denúncia para atender casos de violência contra população LGBT

A ação faz parte do protocolo de atendimento exclusivo para o público LGBTQIA+

28/06/2023 às 12h53

28/09/2023 às 17h48

Hoje, 28 de junho, é celebrado o Dia do Orgulho. No Piauí, a data foi marcada pelo lançamento do Disque Denúncia Cidadania LGBTQIAPN+. O serviço visa dar garantias a essa população no combate e enfrentamento à violência, além de fortalecer a defesa contra os vulneráveis.

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O secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, Chico Lucas, pontua que o estado é o primeiro da federação a ter um protocolo de atendimento exclusivo para o público LGBTQIA+. “Hoje, estamos lançando o Disque Denúncia Cidadania, justamente para que, casado com esse protocolo, seja feito um atendimento específico. Lógico que esses números nos deixa triste, até porque somos de um time que acredita na diversidade e no respeito a todos os públicos”, disse.

Secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, Chico Lucas - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Secretário de Segurança Pública do Estado do Piauí, Chico Lucas

Joseane Borges, diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+, da Secretaria de Assistência Social (Sasc), cita que o Piauí ocupava o terceiro lugar no ranking dos estados que matava população LGBT e, atualmente, está em 13º lugar.

“Vejam a importância de todas as ações que vêm sendo feitas. A nossa luta é garantir que a população LGBT tenha o direito de ir e vir desguardado, pois sabemos que vivemos em um país que mais mata a população LGBT pelo simples fato de existir. Pelo 14º anos estamos à frente como o país que mais mata travestis e transsexuais, então a gente tem que dar um feedback para a nossa população, mostrar que estamos desenvolvendo políticas públicas e ações de enfrentamento à LGBTfobia”, pontua.

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Joseane Borges, diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+ - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Joseane Borges, diretora de Promoção da Cidadania LGBTQIA+

A coordenadora de Proteção aos LGBTQIAP+ na SSP, Leonna Osternes, reforça que os dados são alarmantes e, exatamente por isso, ações de combate à violência devem ser intensificadas. “Nós precisamos acabar com esse tipo de discriminação, conscientizando a população para termos o direito de ir e vir, de estar dentro dos espaços. Por que tanto preconceito e tanta violência contra nossa população? Precisamos reduzir esses dados e trabalhar para fazer um Piauí livre a LGBTfobia”, ressalta.

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