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Piauí registra alta de 20% nos casos de tuberculose; saiba os sintomas

O Piauí, em 2023, registrou 955 novos casos de tuberculose, mas esse número pode aumentar ainda mais.

17/10/2024 às 10h27

A tuberculose, uma doença infecciosa grave causada pelo bacilo Mycobacterium tuberculosis, continua a representar uma ameaça significativa à saúde pública global. Em 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que, apesar dos avanços no tratamento, a tuberculose ainda é uma das principais causas de morte por doenças infecciosas, especialmente em países em desenvolvimento.

Piauí registra alta de 20% nos casos de tuberculose; saiba os sintomas - (Reprodução/Freepik) Reprodução/Freepik
Piauí registra alta de 20% nos casos de tuberculose; saiba os sintomas

O Piauí, em 2023, registrou 955 novos casos da doença, mas esse número pode aumentar ainda mais, já que o ano epidemiológico de 2023 só será concluído no próximo dia 30 de outubro. O quantitativo é quase 20% superior aos de 2022, quando foram totalizados 801 novos diagnósticos da doença no estado.

Com um percentual de 4,7% na taxa de pacientes que abandonaram o tratamento para tuberculose e de pouco mais de 50% de cura, a Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi) reforça o alerta para que os municípios realizem o fechamento oportuno dos casos.

"A mobilização é importante, para fecharmos em tempo oportuno todos os casos de tuberculose do ano epidemiológico de 2023 e melhorarmos a resposta dos indicadores da doença no estado", ressalta Ivone Venâncio, supervisora do programa de Tuberculose no Piauí.

A doença afeta prioritariamente os pulmões (forma pulmonar), embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas.

Conheça os sintomas:

- Tosse por 3 semanas ou mais;

- Febre vespertina;

- Sudorese noturna;

- Emagrecimento.

O principal sintoma da tuberculose pulmonar é a tosse, que pode ser seca ou com catarro. Caso a pessoa apresente sintomas de tuberculose, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima da residência para avaliação e realização de exames. Se o resultado for positivo para tuberculose, deve-se iniciar o tratamento o mais rápido possível e segui-lo até o final.

"Todo o tratamento é gratuito pelo SUS, mas para ter a cura total, o paciente precisa seguir até o final", destaca a supervisora.

Como ocorre o contágio?

A tuberculose é transmitida principalmente pelo ar, através de gotículas expelidas pela pessoa infectada ao tossir, espirrar, falar ou cuspir. Quando uma pessoa inala essas gotículas contendo o bacilo Mycobacterium tuberculosis, o agente causador da doença, há a chance de ela se infectar.

No entanto, a transmissão ocorre geralmente em situações de contato próximo e prolongado com pessoas que têm tuberculose ativa nos pulmões (tuberculose pulmonar). Não é fácil contrair a doença com um contato breve, pois é preciso que as bactérias sejam inaladas em quantidade suficiente para estabelecer a infecção.

Pessoas com o sistema imunológico enfraquecido (como portadores de HIV, pessoas com desnutrição ou que usam medicamentos imunossupressores) são mais vulneráveis a desenvolver tuberculose após a infecção.

Tratamento

O tratamento da tuberculose envolve o uso de uma combinação de antibióticos específicos ao longo de um período de, geralmente, seis meses. O esquema terapêutico mais comum inclui quatro medicamentos principais, especialmente durante os dois primeiros meses de tratamento, chamados de fase intensiva. Esses medicamentos são:

Isoniazida (H);

Rifampicina (R);

Pirazinamida (Z);

Etambutol (E).

Depois da fase intensiva, que dura dois meses, segue-se a fase de continuação, normalmente com o uso de dois medicamentos (rifampicina e isoniazida) por mais quatro meses. Durante esse período, é essencial que o paciente tome os medicamentos de forma regular e completa, mesmo que os sintomas melhorem logo nas primeiras semanas. A interrupção ou abandono do tratamento pode levar à resistência bacteriana, complicando a cura e exigindo tratamentos mais longos e complexos.

No caso de tuberculose multirresistente (TB-MDR), quando as bactérias se tornam resistentes a isoniazida e rifampicina, o tratamento é mais prolongado (até 18 a 24 meses) e envolve o uso de medicamentos alternativos, mais caros e com mais efeitos colaterais.

Durante o tratamento, é recomendada supervisão médica regular para monitorar a resposta ao tratamento e gerenciar possíveis efeitos adversos dos medicamentos.


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