Com a aproximação do período mais quente do ano, surge a preocupação com os focos de queimada no Piauí, em especial na região Sul, onde se concentra a maior quantidade de área verde do Estado. Há dois meses do início do B-R-O-Bró, o Piauí já registra um aumento de 63% na quantidade de focos de incêndio em seu território entre os meses de junho e julho. O dado é do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Entre os dias 01 e 09 de junho, o Piauí teve 83 focos de queimada identificados pelos satélites do Instituto. Já entre os dias 01 e 09 de julho, foram 140 focos identificados. O número quase que dobrou no intervalo de 30 dias. Quando observados os dados referentes a maior e junho, esse aumento é ainda maior: 169%. Foram 32 focos registrados no quinto mês do ano, número que quase triplicou em junho.
O Inpe atribui esse aumento excessivo nos focos de queimada à baixa umidade do ar registrada em várias regiões piauienses e à intensificação dos ventos. Segundo o Instituto, estas são condições propícias para o fogo se alastre sem grandes dificuldades, mesmo quando se trata de uma queima controlada para limpeza de lavoura, por exemplo.
O aumento de 63% nos focos de queimada colocou o Piauí na sexta posição do ranking nacional de focos acumulados por estados brasileiros em julho. O Estado fica atrás somente do Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Pará e Minas Gerais.
No acumulado do ano, o Piauí já contabiliza 974 focos de queimada em seu território. O número é 35% maior que 723 registrados de janeiro a julho de 2022.
Essa situação de aumento dos focos de incêndio deve permanecer nos próximos dias. É que, segundo o Inpe, o Piauí tem previsão de umidade relativa do ar abaixo dos 60%, podendo chegar a até 30% nos horários mais quentes do dia. As temperaturas devem variar entre 34 e 38 graus. Não há previsão de chuva para os próximos dias e existe previsão de risco de fogo em toda a região Centro-Sul, Sudeste e Sul piauiense.