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Professores de escolas privadas e faculdades do Piauí aprovam indicativo de paralisação das aulas; veja data

Em todo o estado, são cerca de 30 mil funcionários de instituições privadas de ensino, incluindo a parte administrativa; paralisação deve ocorrer no dia 21 de junho.

14/06/2023 às 11h24

28/09/2023 às 06h09

Uma assembleia realizada nesta terça-feira (13) reuniu professores de escolas particulares e faculdades privadas do Piauí. Na reunião, eles definiram que a categoria deve realizar uma paralisação das atividades na próxima quarta-feira, dia 21 de junho. Além da data, entre os dias 15 e 21, os profissionais devem fazer mobilizações para chamar atenção da sociedade para as dificuldades de negociação que eles alegam ter com o sindicato patronal.

Escolas particulares podem deflagrar paralisação na próxima semana. - (Jaílson Soares / O DIA) Jaílson Soares / O DIA
Escolas particulares podem deflagrar paralisação na próxima semana.

A reportagem de O Dia conversou com o diretor jurídico do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Piauí (SINPRO), Kléber Ibiapina. Segundo ele, as reivindicações da categoria são:

- reajuste salarial de 6% (as escolas querem pagar apenas 3,06%);

- continuação do desconto de 70% nas matrículas de filhos de professores em escolas do ensino infantil até o pré-vestibular (segundo o Sinpro, as escolas querem retirar os descontos e as faculdades querem retirar o desconto nos cursos de medicina, biomedicina e direito);

E protestam contra:

- aumento da carga horária dos professores mensalistas de 20h para 30h;

- Retirada do anuênio de 1% no salário dos professores;

- suspensão do pagamento por cada orientação de TCC;

- Retirada das férias conjuntas de professores que trabalham em duas ou mais instituições de ensino.

De acordo com o Sinpro, em todo o Estado são cerca de 30 mil profissionais ligados à educação privada – dentre professores e trabalhadores ligados à área administrativa. Ainda segundo o Sinpro, entre os argumentos para o cumprimento das reivindicações, está o fato de que as escolas teriam reajustado o valor das mensalidades em 10% e as faculdades em 8% este ano.

. “Nós queremos chamar a atenção da sociedade para a realidade dos trabalhadores da educação privada. E também o que o sindicato patronal propõe para a categoria. É uma falta de respeito, propõe só tirar direitos e mostra que eles veem a educação apenas como uma mercadoria”, disse o professor Kleber.

Uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI), às 9h, deve contar com os representantes dos professores e também do sindicato que representa as escolas particulares e faculdades, o Sinepe, será realizada para tentar mediar as negociações.

Outro lado

A reportagem de O Dia também procurou o Sinepe, para se posicionar sobre as reivindicações dos professores da rede privada de ensino. Por meio de nota, o órgão informou que "os dois sindicatos (SINPRO e SINEPE-PI) ainda estão em processo de negociação".

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