Quem imagina que um bichinho tão pequeno pode causar sérios problemas na pele? O potó é um inseto alongado e que tem a cauda avermelhada e preta. Ele é bastante comum nesta época do ano e costuma aparecer após o fim do período chuvoso. Pela sua cauda, ele libera uma secreção ácida que pode provocar queimaduras de até 2º grau.
As lesões que o potó causa na pele do ser humano são queimaduras químicas, provocadas pela liberação de uma substância ácida, quando ele se sente ameaçado e que possa ser esmagado. Com isso, a pele tende a ficar com manchas avermelhadas e ardor, e o recomendado é que não se coloque nada sobre a lesão.
Inseto costuma ser atraído pela luz branca e é mais comum no período da noite (Foto: Reprodução/internet)
Por isso, adotar algumas medidas pode prevenir acidentes com o potó. A dermatologista Flávia Torres Beltrão comenta que essas ações simples podem ser feitas dentro de casa, como trocar as lâmpadas de luz branca por luz amarela, que repele os insetos. Além disso, antes de dormir, é importante fazer uma revista no quarto, sacudir os lençóis e inspecionar toda a cama. Outra medida é fechar as janelas e portas dos quartos horas antes de dormir e deixar a luz apagada durante a noite
“Quando você perceber que pode ter sido atingido pela secreção do potó, o ideal é que lave imediatamente a região com água e sabonete. Porém, se a queimadura já está visível, o ideal é procurar uma avaliação médica para saber o que fazer, pois as lesões ocasionadas pelo potó podem ter uma variabilidade muito grande. Mas, a principal recomendação é jamais utilizar remédios caseiros, como pasta de dente e manteiga, pois isso pode causar uma dermatite de contato e o estrago ser ainda maior”, explica a dermatologista.
No local atingido pela ácido é possível que se crie uma casquinha ou até lesões com bolhas, que podem causar um grande incômodo e dor. Nesses casos, pode haver necessidade de prescrição de pomadas, como corticoide ou antibiótico. (Foto: arquivo/ODIA)
Já com relação aos repelentes, a dermatologista Flávia Beltrão destaca que essa não é a melhor alternativa para se proteger contra o potó. Ela explica que o inseto não busca o ser humano, ou seja, ele não tem um hábito alimentar como uma muriçoca, que está em busca o ser humano para picá-lo e sugar seu sangue. No caso do potó, ele está apenas transitando de um lado para o outro.
“Por isso a maioria dos acidentes são noturnos, porque estamos nos mexendo de maneira inconsciente e esmagamos o inseto, fazendo com que ele libere a substância que vai causar as queimaduras”, acrescenta.
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O potó (Paederus irritans), por serem atraídos pelo calor, normalmente, procura dobras do nosso corpo, como no pescoço, junções dos braços e das pernas. Pelo calor, eles podem também serem vistos próximos a lâmpadas elétricas em busca de um local quentinho.