Mais de um terço dos 224 municípios piauienses estão sob decreto de emergência devido a problemas relacionados à estiagem. De acordo com o levantamento da Associação Piauiense dos Prefeitos dos Municípios (APPM), são 86 cidades que já tiveram a situação de emergência decretada pelas gestões municipais e já reconhecida pelo Estado. A maioria dos municípios que enfrentam problemas por conta da seca estão no semiárido piauiense, na região Sul do Piauí.
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O presidente da APPM, Toninho de Caridade (PSD), afirmou que muitos prefeitos estão encontrando dificuldades de promover ações de combate aos efeitos da estiagem por terem poucos recursos próprios. Os municípios enfrentam ainda enfrentam a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
No Piauí, os 160 municípios com até 10 mil habitantes – boa parte deles estão sendo afetados pela seca - receberão valores de cerca R$ 134 mil. Nesta quarta-feira (13), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) anunciou que executa, nas regiões atingidas, diversas ações e obras, como barragens, adutoras, poços e cisternas, que somam mais de R$ 200 milhões em investimentos.
Entre as obras realizadas pela Companhia, por meio da Superintendência Regional no Piauí, estão as adutoras, estruturas que armazenam e distribuem água tratada para abastecimento urbano e rural, bem como irrigação para pequenos e grandes agricultores. Uma delas, localizada em Dirceu Arcoverde (PI), foi concluída recentemente e soluciona as dificuldades hídricas do município.
Além das adutoras de São Raimundo Nonato, Curimatá, Buriti dos Lopes e Vila Nova - essa última já está em fase final de conclusão. O presidente da APPM afirmou ainda que carros-pipa vão ajudar a amenizar os efeitos da seca.