O número de pessoas sem uma ocupação profissional no Piauí reduziu ao longo da última década. É isto o que aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio divulgada pelo IBGE nesta quinta (15). Os dados revelam que a taxa de desocupação no Estado no segundo trimestre de 2024 (abril, maio e junho) ficou em 7,6%, o que representa redução de 2,4 pontos percentuais em relação ao que se havia registrado no primeiro trimestre (janeiro, fevereiro e março), quando índice de desocupação no Estado era de 10%.
A taxa de desocupação no segundo trimestre de 2024 no Piauí foi a menor registrada nos últimos dez anos. A última vez em que o número de pessoas desocupadas no Estado havia atingido um patamar tão baixo foi no ano de 2015, quando se registrava desocupação de 7,4%. Em termos de volume de redução, o Piauí ficou em segundo lugar no ranking nacional, sendo um dos estados brasileiro que mais diminuiu a taxa de desocupação. Somente a Bahia possui uma redução na taxa de desocupação maior que o Piauí (2,9 pontos percentuais).
Em nota, o IBGE afirma que “em termos de proporção de pessoas desocupadas no Piauí, houve uma expressiva queda na ordem de 24,1%, o que equivale dizer que somente um a cada quatro piauienses estavam desocupados no primeiro trimestre do ano”.
A taxa de desocupação do Piauí, apesar de ter reduzido nos últimos anos, ainda ficou abaixo da média brasileira, que foi de 6,9% no segundo trimestre. Na contramão da realidade piauiense, alguns estados apresentaram aumento em sua taxa de desocupados: Rio Grande do Sul, que elevou 0,1 ponto percentual; e Distrito Federal, que elevou 0,2 pontos percentuais a taxa de pessoas sem ocupação profissional.
As maiores taxas de desocupação no segundo trimestre ficaram com os estados de Pernambuco (11,5%) e Bahia (11,1%). Com seus 7,6% de taxa de desocupados, o Piauí figura na 11ª posição do ranking nacional e na 7ª posição do ranking nordestino.
Taxa de desocupação cai e rendimento mensal aumenta
A redução na taxa de desocupação do Piauí no segundo trimestre de 2024 veio acompanhada de outro fenômeno considerado positivo para o Estado: o aumento no rendimento médio mensal do piauiense. Em valores absolutos, a média de rendimento mensal real no Piauí foi de R$ 2.354, o que significa aumento de 2,6% em relação ao que se registrou no primeiro trimestre. Em comparação com outros estados do Nordeste, nos quais o rendimento mensal do trabalhador ficou em R$ 2.238, o rendimento do piauiense foi 5,2% maior.
Algumas atividades econômicas contribuíram mais para este aumento: a agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura tiveram variação positiva de 26,7% nas taxas de rendimento geradas. Já a construção civil aparece em segundo lugar, com aumento de 23,4% em rendimentos aos trabalhadores do setor. Em contrapartida, áreas como informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas tiveram redução nos rendimentos gerados a quem nelas atua na ordem de 19,8%.
Taxa de desocupação em Teresina é a menor do Nordeste
Se o Piauí atingiu, no segundo trimestre de 2024, o menor patamar de taxa de desocupação da década, Teresina não ficou atrás. Com uma taxa de 6,7%, a capital registrou o menor índice de desocupados desde o início de 2012. Em relação ao primeiro trimestre, a queda foi de 0,6 pontos percentuais. No momento, Teresina detém o título de menor taxa de desocupação entre todas as capitais nordestinas e ocupa o 17º lugar no ranking de todas as capitais brasileiras. Os dados também constam na PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE hoje (15).
Para efeito de comparação, a taxa de desocupação de Salvador (BA), que é a maior do Nordeste (15%), é mais que o dobro da teresinense. E assim como no Piauí, Teresina teve aumento no rendimento médio mensal de sua população. A renda média do trabalhador da capital chegou a R$ 3.403 no segundo semestre deste ano, uma elevação de 11,3% em comparação com o primeiro trimestre, quando a renda era de R$ 3.057. O rendimento médio mensal do teresinense é R$ 703 maior que o rendimento médio do Piauí.
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