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Após faccionados tentarem invadir hospital, médicos cobram reforço na segurança

Pedido por mais segurança nas unidades de saúde foi feito pelo SIMEPI e veio após criminosos tentarem invadir o Hospital do Buenos Aires para matarem um membro do PCC.

28/10/2024 às 09h53

28/10/2024 às 09h53

No último sábado (26), criminosos tentaram invadir o Hospital do Buenos Aires para matarem um membro do PCC, que havia sido internado na unidade de saúde após ser baleado por membros de uma facção rival ao Primeiro Comando da Capital. O caso chamou atenção e pôs holofote na violência e na insegurança dentro das unidades de saúde. O Sindicato dos Médicos do Piauí emitiu uma nota de repúdio em que pede por mais segurança aos profissionais da saúde.

Criminosos tentaram invadir o Hospital do Buenos Aires para matar rival. - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Criminosos tentaram invadir o Hospital do Buenos Aires para matar rival.

"O fato evidencia a crescente falta de segurança e as condições precárias em que os médicos, têm sido obrigados a atuar em nosso estado. A presença de facções criminosas dentro das unidades de saúde não apenas coloca em risco a vida de pacientes, acompanhantes e funcionários, como também desrespeita o ambiente hospitalar, que deveria ser um espaço de paz e tratamento", disse a nota do SIMEPI.

A nota do SIMEPI exige ainda que as "autoridades competentes tomem providências urgentes para garantir a segurança de todos os profissionais de saúde, além de condições dignas para o exercício de suas atividades". Confira abaixo a nota na íntegra do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi).

O Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) vem a público manifestar seu mais profundo repúdio e indignação diante do episódio ocorrido na noite do último sábado, 26 de outubro, quando criminosos armados tentaram invadir o Hospital do Buenos Aires, na zona norte de Teresina, com o objetivo de executar um integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).

O fato evidencia a crescente falta de segurança e as condições precárias em que os médicos, têm sido obrigados a atuar em nosso estado. A presença de facções criminosas dentro das unidades de saúde não apenas coloca em risco a vida de pacientes, acompanhantes e funcionários, como também desrespeita o ambiente hospitalar, que deveria ser um espaço de paz e tratamento.

O SIMEPI exige das autoridades competentes providências urgentes para garantir a segurança de todos os profissionais de saúde, além de condições dignas para o exercício de suas atividades. É inadmissível que médicos, que já enfrentam desafios estruturais e sobrecarga de trabalho, ainda tenham de conviver com o medo de violência e insegurança.

Reiteramos nosso compromisso em lutar por uma saúde digna e segura para todos e nos colocamos à disposição para dialogar com as autoridades em busca de soluções efetivas para proteger aqueles que dedicam suas vidas ao cuidado da população.

O Portal O Dia entrou em contato coma Prefeitura de Teresina para obter um posicionamento sobre as ações para garantia da segurança na unidades de saúde da capital, especialmente por meio da Guarda Municipal de Teresina. Porém, até o momento não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

Entenda o caso

Por volta das 20h de sábado, Gabriel Victor Pereira da Silva, conhecido como Delegado, estava em um carro, no bairro Real Copagre, zona Norte da capital, quando o veículo foi alvo de disparos de arma de fogo. O membro do PCC foi ferido na perna e encaminhado ao Hospital Buenos Aires para atendimento médico.

Gabriel Victor Pereira da Silva, conhecido como Delegado - (Reprodução / Redes Sociais) Reprodução / Redes Sociais
Gabriel Victor Pereira da Silva, conhecido como Delegado
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Momentos após o ocorrido, os criminosos que dispararam contra Gabriel seguiram em direção ao hospital, na tentativa de invadir a unidade de saúde e executar o membro do PCC, porém, não conseguiram entrar no local. Gabriel Victor Pereira da Silva já tem passagens pela polícia e responde por crimes como tráfico de drogas, assaltos, associação criminosas, entre outros. A Polícia Civil do Piauí deve investigar o caso.


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