A defesa de Allisson Wattson da Silva Nascimento, ex-capitão da Polícia Militar que foi condenado pelo assassinato da estudante Camilla Abreu, em Teresina, entrou na justiça pedindo revisão e redução de sua pena. Ele foi condenado em 2021 a 17 anos, seis meses e 15 dias de prisão em regime inicial fechado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. A apelação criminal foi recebida pelo Tribunal de Justiça (TJPI) no dia 18 de abril e entrou em pauta.
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Na apelação criminal em que pedem a revisão da pena, os advogados de Allisson Wattson alegam que há possibilidade reduzir a dosimetria (tempo de reclusão) com aplicação do atenuante da confissão na forma qualificada, ou seja, a pena do ex-capitão poderia diminuir porque ele confessou a autoria do crime.
Esta não é a primeira apelação criminal que a defesa do assassino de Camilla Abreu impetra na justiça. Pouco depois da condenação, em setembro de 2021, os advogados de Allisson Wattson pediram um novo julgamento alegando afastamento das circunstâncias judiciais em face da ausência de fundamentação e a aplicação da pena mínima para todos os delitos, além da redução da pena porque se tratava de réu atendido pela Defensoria Pública.
O Ministério Público Estadual, por sua vez, entrou com um recurso refutando os argumentos da defesa do ex-capitão e pedindo a aplicação da culpabilidade pelo crime de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. O MP pediu ainda que a confissão de Allisson não fosse considerada como atenuante para a pena final aplicada.
Nesta nova apelação criminal, o MPPI pede a manutenção da primeira pena aplicada com a exclusão da atenuante de confissão espontânea pelo réu. O processo seguiu para revisão pelo TJ e será julgado em segundo grau pelos desembargadores da Corte.
Ex-capitão foi preso novamente, mas pelo crime de estupro
Condenado por matar e esconder o corpo da estudante Camilla Abreu, Alisson Wattson da Silva Nascimento foi preso novamente acusado, desta vez, de estupro de vulnerável. A investigação conduzida pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) apontou que ele teria abusado de uma criança de 7 anos por pelo menos um ano. O crime teria sido praticado durante pelo menos um ano, quando o ex-PM foi colocado em regime semiaberto, em dezembro de 2022.
De acordo com a delegada Lucivânia Vidal, Allisson Wattson saía do presídio durante o dia para trabalhar e retornava à noite. Durante seu expediente, ele cometia os abusos contra a criança, cuja família ficava no local de trabalho do acusado. O mandado foi executado no dia 27 de agosto de 2023, na Penitenciária Irmão Guido, onde Allisson cumpria a pena pela morte de Camilla.
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