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Dentista preso por lavar dinheiro do tráfico em Teresina tem liberdade negada

Caio Felipe Pacheco Fortunato foi preso preventivamente na operação Denarc 64 junto com o pai, a mãe a irmã.

18/11/2024 às 08h40

O dentista Caio Felipe Pacheco Fortunato, que foi preso no último dia 14 na Operação Denarc 64, em Teresina, teve seu pedido de liberdade negado pela justiça. A defesa entrou com um pedido de habeas corpus alegando que Caio é sócio minoritário e dono de apenas 1% da Barão Comércio de Veículos, pertencente ao seu pai, e usada para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Da esquerda para a direita: Angélica Florinda, Josimar Barbosa, Tereza Cristina e Caio Felipe - (Reprodução/Instagram) Reprodução/Instagram
Da esquerda para a direita: Angélica Florinda, Josimar Barbosa, Tereza Cristina e Caio Felipe

De acordo com o pedido de habeas corpus, Caio Felipe não possui qualquer vínculo com os demais investigados e a acusação contra ele baseia-se unicamente em sua participação societária nas empresas investigadas. Ainda segundo a defesa do dentista, o pedido de prisão contra Caio não descreve sua participação nos crimes e o bloqueio de bens e valores das empresas e do CPF dele mitigam qualquer risco à ordem pública.

Diz a defesa de Caio que "as condições pessoais do paciente, aliadas à falta de provas de sua participação nos crimes investigados, tornam sua prisão preventiva desproporcional e injusta". Os advogados requereram concessão de liminar para expedição de alvará de soltura em favor do dentista ou então que sua prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares.

Pedido de habeas corpus foi negado pela justiça - (Maria Clara Estrêla/O Dia) Maria Clara Estrêla/O Dia
Pedido de habeas corpus foi negado pela justiça

O pedido foi negado pelo desembargador Erivan Lopes. No entendimento dele, é muito cedo para concluir a ilegalidade da prisão de Caio para garantia da ordem pública, uma vez que há materialidade do delito e dos indícios de autoria dos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico. Quanto à alegação da defesa de que Caio é apenas sócio minoritário da empresa, Erivan Lopes pontuou que só com o decorrer das investigações isso poderá ser apurado.

"Por fim, convém assinalar que as eventuais condições favoráveis do paciente não impedem a decretação da custódia preventiva quando presentes seus requisitos, valendo destacar que, no caso, a gravidade da conduta é apta a justificar a necessidade de garantir a ordem pública", finaliza Erivan Lopes em sua decisão.

O desembargador indeferiu o pedido de liberdade impetrado pela defesa de Caio Felipe e manteve o dentista preso preventivamente.

Irmã de Caio cumprirá prisão domiciliar

Junto com Caio Felipe Pacheco também foram presos seu pai, o empresário Josimar Barbosa de Sousa, sua mãe, Tereza Cristina de Sousa Pacheco, e sua irmã, a médica Angélica Florinda Pacheco Barbosa. No entanto, na última sexta-feira (15), o juiz Valdemir Ferreira, da Central de Inquéritos, acatou o pedido da defesa de Angélica e determinou que ela cumpra prisão domiciliar pelo fato de ser lactante e ter condições de saúde especiais, precisando de cuidados que o sistema penitenciário não poderia fornecer.


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