O ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, durante palestra realizada nessa sexta-feira, (7), na antiga sede do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), defendeu a regulamentação da Inteligência Artificial (IA) e a necessidade de capacitar a mão de obra. A palestra aconteceu em alusão à celebração dos 12 anos da Escola Judiciária do Piauí (Ejud).
O evento contou com as presenças do Governador do Piauí, Rafael Fonteles, e da ministra do Tribunal Superior do Trabalho, Liana Chaib. Dentre os temas abordados estão: inteligência artificial, defesa à democracia e os cuidados com o meio ambiente.
De acordo com o ministro Luís Roberto Barroso, no Supremo Tribunal Federal já é utilizada a Inteligência Artificial e tem facilitado o trabalho, inclusive na localização de processos, com supervisão humana.
“Nós já usamos a inteligência artificial no Supremo, para o agrupamento de processos, para saber qual é a maior incidência de litigiosidade. Podemos resolver um caso e estabelecer uma tese, que resolva uma grande quantidade de problemas. Temos também um programa que identifica os casos em que já há repercussão geral, que são matérias que o Supremo já decidiu e fixou uma tese vinculante que não precisa subir de novo”, ressaltou.
O ministro Barroso informou que foi encomendado um programa de Inteligência Artificial, que está em fase de teste, e é capaz de fazer resumo de processos.
“Eu tenho encomendado e já está em teste de conceito com seis empresas, um programa de inteligência artificial capaz de fazer resumo dos processos, chegam 20 volumes, você conseguiu um resumo em cinco páginas, tudo com supervisão humana, mas é muito importante. A gente tem que ter ferramentas adequadas e é preciso estar sintonizado com os novos tempos, sem se deixar fascinar por qualquer modernidade, mas há muitas coisas importantes acontecendo”, destacou.
NOVAS DEMANDAS DO MERCADO
A palestra realizada pelo ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, teve como tema “EJUD 12 anos – Ética, Direito e Justiça: Desafios e Perspectivas” e debateu a necessidade de preparo da mão de obra para melhor relacionar sociedade e inteligência artificial.
“Vai haver um momento em que as pessoas vão precisar mesmo de amparo social ou vão precisar de capacitação para se adaptarem às novas demandas do mercado”, reforçou.
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