A Prefeitura de Teresina, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), afirmou nesta quarta-feira (12) que irá recorrer à justiça para mediar o imbróglio referente ao atraso no pagamento dos trabalhadores da limpeza urbana da capital. Nessa terça-feira (11), os colaboradores se reuniram na frente do Palácio da Cidade em protesto para reivindicar o pagamento dos vencimentos atrasados.

Apesar da situação, a Prefeitura de Teresina afirmou que o salário de janeiro está garantido, contudo o vencimento de dezembro e a segunda parcela do décimo terceiro ainda seguem sem previsão.
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Segundo as informações, o consórcio EcoTeresina, responsável pela gestão da limpeza na cidade, é formado pela Recicle, sócia majoritária com 65% de participação, e pela Aurora, detentora dos 35% restantes. Recentemente, as duas empresas, antes parceiras, entraram em desacordo sobre quem deveria receber os pagamentos dos serviços, que em janeiro de 2025 totalizaram R$ 16,8 milhões.
Diante do impasse, a PGM destacou que a gestão pública municipal está honrando com suas obrigações, e que optou por acionar a justiça para que ocorra a mediação do conflito e o impasse seja resolvido de forma célere. Esta decisão visa garantir que os recursos cheguem aos trabalhadores e fornecedores no menor tempo possível, evitando que a disputa entre as empresas atrase ainda mais os salários dos garis.
"A Prefeitura está honrando com seu compromisso de pagamento, mas, devido à briga entre as empresas, optou pela mediação judicial do conflito. Desta forma, a justiça determinará como esses valores serão distribuídos ou se serão integralmente destinados a uma das partes", explicou Vicente Moreira Filho, diretor-presidente da ETURB.
A Prefeitura reafirmou o compromisso de transparência e a justiça, garantindo que os serviços públicos continuem a ser prestados sem interrupções e com qualidade, independentemente das questões internas das empresas contratadas.
Sindicato se manifesta
Ao O Dia, o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Estado Do Piauí (Seeacep), disse que conversou com o vice-prefeito e secretário de Governo, Jeová Alencar, que garantiu que os salários de janeiro começariam a ser pagos nesta terça (11). De acordo com ele, a prefeitura tem um débito de R$ 73 milhões com as empresas terceirizadas e as próprias empresas alegam que não têm como pôr os salários em dia sem que haja um diálogo e negociação com o poder público.
“Alguns contratos já começaram a ser pagos agora, mas os valores que nos repassaram não resolvem a situação total. Os valores que caíram são de janeiro. Vi uma empresa que recebeu só R$ 8 mil. Tem uma que recebeu R$ 1 milhão e outra que recebeu quase R$ 600 mil. As outras estão recebendo pingado. Continuaremos aqui, porque estamos reivindicando um direito nosso”, afirmou Jonatas Miranda.
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