A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (06), a Operação Upgrade, que tem por objetivo desarticular organizações criminosas especializadas em crimes cibernéticos contra o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). O crime, segundo as investigações, era realizado no Piauí e em outros estados.
A ação decorre após a PF identificar a localização de dispositivos não homologados instalados fisicamente em rede local de pelo menos duas agências do INSS em Teresina, o que possibilitaria o acesso indevido de terceiros a dados dos segurados.
![Materiais apreendidos na Operação Upgrade - (Divulgação/Polícia Federal)](https://portalodia.com/storage/images/PvciiazU4S8AW6y56rd1ShkjnQvCoYYM6ay6I3ag.jpg)
Segundo as informações, a força tarefa é um desdobramento das operações Chupa-cabra 1 e 2 e Backup, deflagradas este ano em Teresina e em São Paulo (SP).
Dados da operação apontam ainda que mais de 100 policiais federais estão em mobilização para o cumprimento de 46 mandados judiciais, sendo 24 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão temporária, todos expedidos pelo juízo da 1ª Vara Federal de Teresina.
![Policiais federais estão cumprindo mais de 40 mandados judiciais - (Divulgação/Polícia Federal)](https://portalodia.com/storage/images/E6CildeOuER18r56m1jfrJvjQCZsQ2GeJPQVyhjp.jpg)
Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios São Paulo/SP, Jardinópolis/SP, Suzano/SP, São Caetano do Sul/SP, Diadema/SP, Praia Grande/SP, São Roque/SP, São Sebastião/SP, Fortaleza/CE, Brasília/DF e Itaguaí/RJ.
Além disso, a Polícia Federal identificou que uma empresa de fachada era utilizada pelos “hackers” e demais membros da organização criminosa para a prática dos crimes cibernéticos e outros atos ilícitos na capital paulista.
A Polícia Federal constatou que a organização criminosa é responsável por uma série de ataques aos sistemas do INSS e em outros sistemas para o vazamento de senhas de servidores da instituição e reativações indevidas dos beneficiários. A PF não divulgou o prejuízo total provocado pelos criminosos, mas pontuou que a prática delituosa alcançam cifras milionárias em danos ao erário.
Informações dão conta ainda de que os acusados responderão pelos crimes de organização criminosa, furto eletrônico, invasão de dispositivos informático e lavagem de bvs e valores. As penas máximas dos crimes somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.
Operação Upgrade
O nome “Upgrade” deriva de um termo utilizado no mundo cibernético relacionado à evolução nos sistemas ou dispositivos, uma referência à evolução da investigação em identificar a base dos hackers responsáveis pela criação de equipamentos clandestinos (“chupa-cabras”) e ataques aos sistemas do INSS.
Com edição de Nathalia Amaral.