Um relatório apresentado pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina referente ao segundo quadrimestre de 2024 revelou uma redução significativa na produção da atenção básica em comparação ao mesmo período de 2023. Os dados foram apresentados em audiência pública realizada nesta quarta-feira (4) na Câmara de Teresina, no qual também contou com a presença de gestores da pasta municipal e de outros interessados sobre o assunto. Confira o relatório completo no final da matéria.
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O 2º quadrimestre se refere ao período entre maio e agosto. De acordo com os dados, o volume de atendimentos caiu de 2.073.815 em 2023 para 1.788.751 em 2024, o que representa uma retração de cerca de 14%. No acumulado de janeiro a agosto, a diferença também foi expressiva: 4.196.416 atendimentos em 2023 contra 3.833.652 em 2024.
Apesar dos números, a FMS assegura que a queda não reflete necessariamente uma redução nos serviços oferecidos, como explica Édson Ferreira, gerente de Orçamento e Planejamento da FMS.
“Não significa necessariamente a redução dos serviços. O que há na verdade é um processo de valorização dos serviços produzidos junto ao sistema. Alguns serviços eles apresentam a quantidade de serviços prestados e outros apresentam valores reduzidos em função de faturamento”, disse.
Apesar do déficit, o relatório destacou que a Prefeitura de Teresina destinou 32,56% de sua receita própria para ações e serviços públicos de saúde, mais que o dobro do limite constitucional de 15%. Além disso, foram realizadas 23 auditorias e visitas no período, sendo 21 na rede privada e 2 na estadual, reforçando a fiscalização sobre a qualidade dos serviços.
Édson Ferreira também destacou que expansão territorial e o crescimento populacional de Teresina têm sido desafios para a gestão.
“É notório e de conhecimento o esforço da gestão em apresentar insumos para apresentar esse serviço a população. Entretanto, é reconhecido a extensão da cidade, Teresina cresceu bastante, e é o hora da gestão do município repensar, junto ao Ministério da Saúde, uma política de atender uma cobertura para atender a extensão territorial do município”, destacou.
Aumento de preços e inflação
Outro ponto levantado no relatório foi o impacto da inflação sobre os custos operacionais da saúde, como insumos e materiais. Segundo Georgia Arcoverde, diretora de Planejamento da FMS, a elevação nos preços prejudicou o alcance de metas planejadas.
“Observamos que alguns pontos os indicadores forem superados. Vimos que alguns indicadores foram superados antes mesmo do final do ano e aqueles que ficaram aquém, na realidade refletem uma dificuldade relacionadas ao faturamento e o lapso temporal de 2023 para 2024, como os insumos e materiais, onde tudo fica mais caro, a inflação também. Então realmente existe essa inflação de um modo geral que acaba prejudicando o atingimento de alguns dessas metas”, concluiu.
Clique aqui e confira o relatório completo
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