45 dias. Essa é a quantidade de tempo que a família de Jaciane Francisca Moraes Paiva procura por ela. Desaparecida desde o dia 23 de setembro, na Zona Norte de Teresina, Jaciane deixou para trás uma mãe angustiada, que vive dias de desespero. Em entrevista ao O Dia, a mãe, que preferiu não se identificar, compartilha a luta entre a esperança e o medo, que cresce com o passar do tempo. Embora mantenha a fé de que a filha possa estar viva, ela admite que, a cada dia, a possibilidade de um desfecho positivo parece mais distante.
“Eu tenho esperança de que minha filha esteja viva, mas, ao mesmo tempo, vou perdendo a fé. Queria que ela aparecesse, de qualquer jeito”, desabafa.
O desaparecimento está sendo investigado pelo Núcleo de Desaparecidos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que até o momento não tem muitas pistas do caso, além de imagens de câmeras de segurança que mostram os últimos passos de Jaciane na Vila Boa Esperança, onde mora.
De acordo com relato dos familiares, Jaciane saiu por volta das 11h e avisou à filha de 10 anos que iria na casa de uma amiga e que retornaria em breve. Desde então, ela não foi mais vista.
“Jaciane e a filha estavam voltando para casa quando ela pediu para a menina ir direto para casa, pois precisava entregar um celular que tinha vendido. A filha foi, e depois de 10 minutos em casa, ela ouviu disparos de arma de fogo, sem saber de onde vinham. Mesmo assim, continuou se arrumando. Quando voltou da escola por volta das 15h, percebeu que a chave estava no mesmo lugar e sua mãe não tinha retornado", disse um familiar que também não quis ser identificado.
Após perceber a demora da mãe, a menina ligou para a avó, relatando o que tinha acontecido. “Foi uma notícia muito forte, não estava esperando por isso. Tinha acabado de chegar da fisioterapia quando minha neta me ligou e disse: 'Bença, vó. A mãe tá desaparecida'. Nessa hora, eu fui para outro mundo e voltei”, comentou a mãe de Jaciane.
Em maio deste ano, o companheiro de Jaciane, Rafael Araújo Pinheiro, foi assassinado dentro de casa. Eles viviam juntos há cerca de um ano e meio. Segundo a mãe de Jaciane, não há informações de que o genro estaria envolvido com a criminalidade, e também não se sabe se a morte dele tem relação com o desaparecimento da filha. "Ela nunca me disse nada sobre estar sendo ameaçada”, acrescentou.
Nesta quinta-feira (7), Jaciane completou 32 anos, o que deixou a família ainda mais consternada com a situação. Sua mãe faz um apelo: “Se alguém a levou, se ela estiver viva, que a deixem em algum lugar para que ela volte para nós. Se não estiver, que nos deixem saber onde ela está, para que essa dor e sofrimento acabem”.
Para fornecer qualquer informação sobre o paradeiro de Jaciane, testemunhas podem entrar em contato pelo número 181.
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