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Teresinenses precisam trabalhar 11 dias para comprar uma cesta básica, diz estudo

Na capital, a cesta básica custa R$ 586, o terceiro menor custo do país

12/04/2024 às 15h40

90 horas e 21 minutos, ou 11 dias: essa é a quantidade de tempo que os teresinenses que recebem um salário mínimo (R$ 1.412) precisam trabalhar para conseguir comprar uma cesta básica, que custa R$ 586. O dado consta em um estudo realizado pela Secretaria de Estado do Planejamento (SEPLAN), por meio da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais e Planejamento Participativo (CEPRO).

Teresinenses precisam trabalhar 11 dias para comprar uma cesta básica - (Freepik) Freepik
Teresinenses precisam trabalhar 11 dias para comprar uma cesta básica

Em relação ao salário, o trabalhador em Teresina necessita de 44% do seu salário para adquirir essa cesta básica.

Vale ressaltar que o salário mínimo necessário para atender às demandas de uma família de 4 pessoas é de aproximadamente R$ 5.399, mais de três vezes o valor do salário mínimo atual. Essa conta, portanto, não fecha: os teresinenses precisam “se virar nos 30”, para garantir comida na mesa e quitar as contas básicas. Com frequência, resta pouco ou nenhum espaço para atividades de lazer ou para o enriquecimento cultural.

Embora haja essas dificuldades, Teresina tem o terceiro menor custo de cesta básica do Brasil. Segundo o estudo da Cepro, com base em dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), a capital ficou atrás apenas de João Pessoa (PB) e Aracaju (SE), que registraram valores de R$ 583 e R$ 555, respectivamente. São Paulo tem a cesta básica mais cara, custando R$ 813. A o custo médio da cesta básica, em âmbito nacional, é de R$ 689,91. 

Teresina tem o terceiro menor custo de cesta básica do Brasil - (Reprodução/CEPRO) Reprodução/CEPRO
Teresina tem o terceiro menor custo de cesta básica do Brasil

Teresinenses gastam mais com carne, pão e tomate

A pesquisa da Cepro revelou que os teresinenses direcionam uma parte considerável de seus gastos com alimentação para carne bovina, pão e tomate, representando, respectivamente, 25%, 20% e 15% do total. 

Preço do tomate cresceu 21% em março - (Reprodução/Governo do Estado) Reprodução/Governo do Estado
Preço do tomate cresceu 21% em março

Em contraste, itens como café, óleo e açúcar possuem uma participação financeira menor, com percentuais entre 0,41% e 2,42%. 

No período de fevereiro a março de 2024, o tomate experimentou o maior aumento de preço, com um incremento de 24,02%, enquanto o preço do leite registrou uma queda de -9,91% em relação ao mês anterior.