Um projeto apresentado na Câmara Municipal de Teresina pode permitir a entrada de cães e gatos de estimação dentro de hospitais da rede pública e privada da capital. O texto, de autoria da vereadora Teresinha Medeiros (MDB), prevê que os “pets” possam acessar as unidades de saúde para visitarem pacientes internados.
O PL, que foi lido na pauta desta terça-feira (11) e seguirá para análise das comissões e plenário da casa, “permite aos hospitais públicos e privados autorizar a entrada de animais de pequeno porte (cães e gatos) para visitas a pacientes internados no Município”.
Os animais de estimação para visita deverão estar com a vermifugação e a vacinação em dia, higienizados, isentos de ectoparasitas e com laudo veterinário que ateste a boa condição do animal. A entrada dos animais dependerá de autorização da Comissão de Controle de Infecções do hospital.
Em defesa do texto, a parlamentar justificou o objetivo do PL.
O polêmico texto divide representantes das classes representantes dos médicos. O CRM foi consultado, porém, não se posicionou até a publicação da matéria.
Os animais deverão, de acordo com o projeto, estar em recipiente ou caixa adequada ou, se permitido, com coleira, peitoral e guia e, se necessário, com o uso adicional de focinheira. Os hospitais criarão normas e procedimentos próprios para organizar o tempo e o local de permanência dos animais para visitação aos pacientes internados.
A presença do animal se dará mediante solicitação e autorização do médico responsável pelo paciente. As visitas dos animais serão agendadas previamente na administração do hospital, respeitando as solicitações médicas e os critérios estabelecidos pela respectiva instituição hospitalar.
Áreas não permitidas
Diversas áreas dos hospitais não poderão ser acessíveis aos animais de acordo com o projeto de lei, são elas áreas de: isolamento; quimioterapia; transplante; assistência a pacientes vítimas de queimadura, central de material e esterilização, Unidade de Tratamento Intensivo - UTI; farmácia hospitalar; e preparo de alimentos.
Teresinha rebateu as críticas e explicou as áreas que serão acessíveis.
“O objetivo é que o dono tenha essa terapia de poder ver o seu animal que é um ente querido do seu coração, o que pode até contribuir com a melhoria da saúde daquele paciente. Neste PL, a gente normatiza a forma como ocorrerá a presença do animal, inclusive com a autorização do médico e todos os especialistas que acompanham a situação do paciente. É mais uma terapia e um avanço”, finalizou.