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Vizinhos impedem despejo de morador que reside há 35 anos em residência no Bairro Uruguai

Moradores da região convivem com a possibilidade constante de despejo; supostos donos do terreno reivindicam posse.

17/05/2023 às 13h09

28/09/2023 às 11h02

A manhã desta quarta-feira (17) foi de tensão e preocupação para moradores do bairro Uruguai, zona leste de Teresina. Principalmente para o ambulante Dionísio Rodrigues. É que oficiais de justiça acompanhados da Polícia chegaram à residência dele com uma ordem de despejo. Porém, ele afirma que recebeu o imóvel em um programa de habitação popular do Governo Federal e da Prefeitura de Teresina, mas que não recebeu ainda o título de posse.

Dionísio Rodrigues - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Dionísio Rodrigues

Segundo o morador, o problema já se arrasta desde 2013. “Estamos na Justiça desde 2013. E hoje, a oficial chegou aí com a polícia e disseram que a gente tem que sair, e que iríamos sair por bem ou por mal. Mas com a força dos amigos, da comunidade, conseguimos barrar esse mandato pelo menos por essa semana. Aqui são casas de um projeto do Governo Federal, o Morar Melhor. A Prefeitura tem que se responsabilizar pelo que ela mesmo construiu e é para ela regularizar essa situação”, cobrou o morador, que está há 35 anos morando no local.

Vizinhos impedem despejo de morador no bairro Uruguai - (Assis Fernandes/ODIA) Assis Fernandes/ODIA
Vizinhos impedem despejo de morador no bairro Uruguai

Porém, Dionísio não está só nesta situação. Pelo menos outras 20 casas também correm o risco de despejo. É o que afirma o presidente da Associação de Moradores do bairro, Francisco das Chagas Bernardo, que vive no bairro há mais de 40 anos.

“Constantemente tem aparecido donos com ordem de despejo querendo desabrigar as famílias. E é toda hora aparecendo isso. E nós não temos os documentos. O prefeito cruzou os braços para a nossa regularização. Peço que o prefeito se manifeste, para regularizar a gente. E para entregar nosso título de posse, para a gente ter um pouco de paz”.

Seu José Wilson Feitosa, está desempregado e vive de bicos. Há 45 anos, é morador do bairro, mas recentemente passou a viver com o fantasma do despejo. “De 2015 para cá, já apareceram vários donos dizendo que são deles o terreno, de loteamentos. Já apareceu três ordens de despejo só para uma família, sendo que há 19 famílias daqui. A Prefeitura fala que nós estamos num programa de regularização, mas só vai ‘dar’ esse programa para nós no ano que vem”, lamenta.

 - (Assis Fernandes / O DIA) Assis Fernandes / O DIA

O que diz a Prefeitura

A reportagem de O Dia procurou uma resposta do munícipio perante o pedido de título de posse dos moradores. Porém até o momento, a SEMDUH não respondeu nossos pedidos de resposta. O espaço segue aberto para os esclarecimentos.

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