O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deflagrou na manhã desta quarta-feira (5) as Operações Draco 125, em Demerval Lobão e Lagoa do Piauí, e Draco 126, em Pedro II, com o intuito de combater organizações criminosas nos três municípios. Ao todo, devem ser cumpridos 48 mandados de busca e apreensão em Demerval Lobão e Lagoa do Piauí e 13 mandados de prisão em Pedro II.
Um deles é sargento da PM Francisco Ferreira de Sousa Filho, que foi preso em outra operação do DRACO acusado de integrar uma facção em Pedro II. Segundo as investigações, o sargento fazia a segurança do principal líder da facção e repassava informações para a quadrilha sobre as ações da polícia e as operações policiais que seriam deflagradas.
“Este é o mesmo policial militar que foi alvo de busca e apreensão e foi preso em razão de uma moto irregular. Estava em liberdade, posto pelo Poder Judiciário, e foi preso preventivamente por integrar facção criminosa”, declarou o delegado Charles Pessoa, coordenado do Draco.
Na primeira condução à delegacia, no dia 06 de abril, o sargento foi preso em flagrante por equipes da Delegacia de Pedro II com uma motocicleta roubada em sua residência. Ele passou por audiência de custódia e teve o flagrante convertido em prisão preventiva. Consta na ata da audiência que foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência do sargento, onde foi encontrada uma motocicleta Honda Bros de cor preta com numeração de chassi e motor adulterados.
Ele foi conduzido à delegacia por não ter apresentado a documentação do veículo à polícia. A moto foi apreendida junto com o aparelho celular do PM e sua arma. Durante o interrogatório, o sargento Francisco Filho afirmou que a moto havia sido apreendida em ação da polícia e que ele havia solicitado ao juiz de Pedro II para ser depositário fiel da do veículo. Após receber a documentação judicial, ele disse que obteve a moto na sede da Polinter.
À época, o secretário Chico Lucas enfatizou que a equipe de segurança iria agir com rigor contra qualquer envolvimento com a criminalidade de policiais, declarando que iria "cortar na própria carne" para garantir a integridade das operações policiais.
Todas as vezes em que um policial é flagrado em algum ato ilícito, vejo a revolta que isso gera nos demais policiais, pois são pessoas que estão lutando na guerra ao lado do cidadão. Para aqueles que têm comprometimento com o crime, pode ter certeza, eles não permanecerão conosco nos anos que virão. Não compactuamos com esse tipo de conduta e, se for preciso, iremos cortar na própria carne
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A ação desta quarta contou com o apoio do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico da Polícia Civil (Denarc), da Diretoria Geral de Operações (DGO), Choque, Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), Batalhão de Policiamento do Interior (BEPI), Batalhão de Operações Aéreas (Bopaer) e 17° Batalhão da Polícia Militar.
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