“O principal objeto daqueles indivíduos era o bem material,
era o patrimônio, não era a vida”. A afirmação do delegado Francisco Baretta,
coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirma que
os suspeitos de assassinarem o empresário Rafael Soares, morto na tarde desta
segunda-feira (26), no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina, tinham como
objetivo subtraírem os bens da vítima.
O delegado, no entanto, não confirmou qual seria o objeto do roubo. Uma mochila que o empresário usava para transportar valores foi levada pelos criminosos, mas não há informações sobre o que estava dentro da bolsa no momento do crime. As investigações apontam ainda que o empresário já estava sendo monitorado pelos criminosos.
Foto: Arquivo Pessoal
“O que eu posso dizer é que um indivíduo quando vai praticar um crime faz todo um levantamento, não vem de uma vez, há todo um planejamento, principalmente um crime contra a vida. O principal objeto daqueles indivíduos era o bem material, era o patrimônio, não era a vida. A vida dele foi tirada exatamente pelo objeto que eles queriam dele que era o patrimônio”, afirmou o delegado.
Em entrevista ao O DIA, a família do empresário disse não acreditar que ele tenha sido vítima de latrocínio e afirmou que os criminosos já abordaram a vítima atirando. As declarações têm como base as imagens gravadas por câmeras de segurança localizadas nas proximidades da residência de Rafael.
Segundo o delegado Baretta, os envolvidos no crime já foram identificados. Agora, o DHPP investiga o envolvimento dos suspeitos com outros crimes. “Além da investigação ter revelado a autoria material do crime, estamos elucidando outros crimes, não só de homicídio, mas outros crimes cometidos no Piauí. [Identificamos] tanto os indivíduos que agiram diretamente no crime, eliminando a vida do Rafael, como outros que estavam por trás”, revelou.