O Projeto de Lei 775/23, do deputado Merlong Solano (PT-PI)
e outros 16 parlamentares , limita a 30 dias o custeio dos benefícios aos
ex-presidentes da República com servidores públicos quando eles se encontrarem
no exterior e em atividades de caráter privado.
A medida foi apresentada na Câmara logo após o ex-presidente Jair Bolsonaro regressar de um período de três meses de férias nos EUA . Bolsonaro viajou para a América do Norte no último dia de mandato , 30 de dezembro, e regressou na última quinta, 30 de março. Todos os propositores do projeto são do PT.
Hoje, a Lei 7.474/86, garante aos ex-mandatários equipe de quatro servidores , para segurança e apoio pessoal, dois veículos oficiais com motoristas e dois assessores especiais. A norma prevê ainda que todas essas despesas devem ser custeadas pela União.
Apesar de considerar justo o benefício, Solano argumenta que esses direitos precisam "ser exercidos com parcimônia e razoabilidade, de modo que sejam evitados abusos que possam onerar, de forma despropositada, o erário nacional".
FOTO: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O deputado afirma que esses pagamentos precisam ter limite,
principalmente quando o beneficiário, em decisão particular e sem qualquer
vinculação com funções públicas ou de interesse público do Estado brasileiro,
decide fixar residência no exterior de forma permanente ou por temporada.
“Em situações exclusivamente particulares, as prerrogativas dos ex-presidentes, como a disponibilização de servidores e pagamento de diárias no exterior, devem ser limitadas a período razoável, correspondente às férias previstas na legislação nacional”, defende Solano.