A juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina, negou o novo pedido de prisão preventiva contra o influenciador Pedro Lopes Lima Neto, o Lokinho, que foi feito pelo Ministério Público na semana passada. No pedido, o promotor Ubiraci Rocha alegou que o influenciador descumpriu as medidas cautelares impostas após ser visto participando da Expoapi no começo do mês.
Em sua decisão, a juíza destacou que o fundamento alegado pelo promotor de justiça não se sustenta porque o fato de Lokinho ter comparecido a um evento festivo não desestabiliza a ordem pública nem a instrução criminal e a aplicação da lei penal. Maria Zilnar afirmou ainda que não foi imposta ao influenciador nenhuma medida cautelar de restrição quanto à participação em evento festivo, de forma “que tendo ele participado ou não após o cometimento dos delitos, não infringiu qualquer norma de conduta para o convívio em sociedade”.
Logo, a magistrada entendeu que Lokinho ter sido visto participando da Expoapi não constitui motivo para decretar sua prisão preventiva como requereu o Ministério Público.
Esta é a segunda vez que a Justiça nega um pedido de prisão feito contra o influenciador. Anteriormente, o Ministério Público alegou coparticipação de Lokinho no acidente que resultou no atropelamento de quatro pessoas na BR-316 no dia 06 de outubro. Ele entregou seu carro para o namorado, Stanlley Gabryell, dirigir mesmo sabendo que ele não possuía CNH. O MP frisou que, ao fazer isso, Lokinho contribuiu para o cometimento do crime de homicídio com dolo eventual, ou seja, quando a pessoa assume o risco de matar ao adotar determinada conduta.
No entanto, no entendimento da Justiça, Lokinho infringiu apenas o artigo 310 do Código de Trânsito Brasileiro, que trata sobre entregar veículo automotor para que alguém não habilitado conduza. Com base nisso, o influenciador teve sua liberdade provisória mantida. Seu namorado, Stanlley Gabryell, segue preso preventivamente. Os dois vão passar por audiência de instrução e julgamento amanhã (19).
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