Atualizada às 8h47
A Associated Press projetou nesta quarta-feira (6), por volta das 7h30, a vitória do candidato republicano Donald Trump, de 78 anos, nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. Segundo a agência, Trump conquistou um número suficiente de votos no Colégio Eleitoral para garantir um novo mandato, após vencer em estados decisivos e ultrapassar a marca dos 270 delegados necessários.
A vitória foi confirmada após o republicano conquistar o estado-chave de Wisconsin. Trump venceu também em outros estados estratégicos, como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, consolidando sua vantagem no mapa eleitoral. Ele também lidera a apuração em Michigan, Nevada e Arizona, reforçando seu retorno à Casa Branca.
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A Fox News projetou nesta quinta-feira (06) a vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024, indicando que ele teria derrotado a democrata Kamala Harris. O resultado, se confirmado, representará o retorno de Trump à Casa Branca, quatro anos após o fim de seu mandato.
Em um discurso para apoiadores no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach, nas primeiras horas desta quarta-feira (6), Trump declarou: "A América nos deu um mandato poderoso e sem precedentes". A fala ocorreu diante de uma multidão entusiasmada, que comemorava as projeções da vitória.
Apesar do anúncio da Fox News, outros veículos de imprensa ainda não confirmaram o vencedor da eleição. De acordo com dados da Edison Research, Trump estaria próximo da vitória após conquistar estados decisivos como Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia, além de liderar a contagem em outros quatro estados.
Enquanto isso, Kamala Harris ainda não fez uma declaração formal a seus eleitores, que aguardam em Howard University, instituição onde ela se formou. O coordenador de sua campanha, Cedric Richmond, fez um breve pronunciamento à meia-noite, afirmando que "ainda temos votos a serem contados" e prometendo uma fala pública de Kamala nesta quarta-feira (06).
Trump demonstrou um desempenho fortalecido em diversas regiões do país, superando sua performance nas eleições de 2020, quando foi derrotado por Joe Biden, com apoio em áreas rurais e centros urbanos.
Ao contrário do Brasil, as eleições nos EUA são complexas: a apuração é demorada, o voto é indireto, antecipado e não é obrigatório. As eleições americanas possuem várias diferenças em termos de estrutura, processos e métodos de apuração. Para compreender como funciona as eleições dos EUA é necessário entender algumas etapas e estar familiarizado com alguns pontos fundamentais do sistema eleitoral americano.
Alguns estados permitem que os eleitores votem antecipadamente ou enviem seus votos pelo correio. Os votos podem ser registrados eletronicamente ou em cédulas de papel. Embora existam partidos menores, o sistema norte-americano é dominado por dois partidos principais: Democrata (progressistas) e Republicano (conservadores). Pode se dizer que o processo eleitoral se divide em duas etapas principais: as primárias e as eleições gerais, cada uma com suas peculiaridades e implicações.
Após a eleição, os votos populares são contados e os resultados preliminares são divulgados. Em dezembro, os eleitores do Colégio Eleitoral se reúnem em seus respectivos estados para votar formalmente. A maioria dos estados adota o sistema “winner takes all” (o vencedor leva tudo), o candidato que obtém pelo menos 270 dos 538 votos eleitorais ou 50% + 1 dos votos dos delegados, é declarado vencedor. Em janeiro, o Congresso se reúne para contar e certificar os votos do Colégio Eleitoral. O processo é concluído com a posse do novo presidente em 20 de janeiro, marcando o início de um novo mandato.