Seja em férias, feriado prolongado ou fim de semana, o piauiense sempre que pode dá um jeito de sair da rotina e visitar outros lugares. Nem a questão financeira é um impedimento para pegar a estrada e isso ficou atestado em números através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (13).
A falta de recurso financeiros é apontada pelos piauienses como o principal motivo para não viajar. No entanto, na mesma pesquisa se constatou que os piauienses sãos os que mais gastam com viagens dentre todos os estados da região Nordeste. Em 2023, 80,2% dos domicílios do Estado nenhum morador realizou viagem alegando não dispor de recursos financeiros. Mas quando viaja, o piauiense costuma gastar até R$ 1.325,00 em um pernoite.
A média de gasto do piauiense com um pernoite ainda é menor que a média brasileira, de R$ 1.630,00, mas é maior que a média nordestina de R$ 1.170,00. Em seguida no ranking dos que mais gastam com viagens no Nordeste aparece o cearense, com média de R$ 1.277, e Alagoas, com R$ 1.204. A nível de Brasil, o Distrito Federal tem a população que mais investe em viagens, com um gasto médio de R$ 2.748, e o roraimense, que gasta cerca de R$ 2.119 por pernoite. Os maranhenses são os que menos gastam, com média de R$ 967 por pernoite.
Além da falta de recursos financeiros, os motivos mais citados pelos piauienses para não viajar foram: não ter necessidade (26,1%), não ter interesse (11,9%), não ter tempo (10,9%), não ser prioridade (4,7%) e problemas de saúde (2,7%). Mas enquanto uma pequena parte de quem vive no Piauí não viaja por causa da saúde, há aqueles que viajam justamente para fazer tratamentos de saúde: em 2023, a maioria dos piauienses que viajaram em 2023 o fizeram para ir a alguma consulta clínica ou para fazer algum procedimento médico (35%).
As viagens motivadas por motivos médicos no Piauí são maiores que a média brasileira (19,8%). No país, a principal razão para viajar ainda é o lazer, que representa por 38,7% do total de viagens registradas em 2023. Em seguida aparecem visita ou evento de familiares e amigos, com 33,1% das viagens.
Quando viajam, piauienses costumam contratar AirBnB ou se hospedar na casa de conhecidos
Um dos fatores que, segundo o IBGE, pode explicar o fato de o piauiense dizer não ter dinheiro para viajar, mas ainda assim gastar com viagens é a hospedagem escolhida quando se sai de casa. A PNAD Contínua do Turismo aponta que, quando viajam, os piauienses costumam se hospedar mais na casa de amigos ou parentes. Em 2023, em 38% das viagens, os turistas ficaram alojados na casa de alguma pessoa conhecida.
Apenas 10,1% de hospedaram em hotel, resort ou flat. Outros 9,5% se hospedaram em pousadas e somente 3,2% ficaram em imóvel próprio. Imóveis por temporada ou AirBnB foram a escolha de 38,3% dos viajantes.
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A pesquisa do IBGE revelou ainda o meio de transporte mais utilizado pelos piauienses quando viajam: carro particular ou de empresa é o tipo de veículo mais utilizado em viagens no Estado. Eles respondem por 40,9% dos transportes usados para turismo e vêm seguidos de ônibus de linha (20,2%), van ou perueiro (13,1%), avião (6,3%), ônibus de excursão (6%) e motocicleta (5,4%). Comparado com o restante do Brasil, os piauienses são os que menos utilizam avião como meio de transporte para viagens.
Os dados da PNAD do Turismo revelam que apenas 6,3% do total de viagens feitas pelos piauienses em 2023 tiveram aeronaves como meio de transporte. A média do Piauí é menos da metade da média nacional, que é de 13,7%. O Estado com a maior proporção de uso de aviões em viagens é o Distrito Federal (41,3%).
Piauienses viajaram mais durante a pandemia de covid-19 do que nos outros anos
Os anos de 2020 e 2021 foram marcados pelo surgimento dos casos de covid-19 e pico da pandemia. O período em que o isolamento social era regra no mundo também foi quando os piauienses mais viajaram. É isto o que aponta o IBGE na PNAD Contínua voltada para o setor do Turismo. A pesquisa aponta que em 2020, a proporção de domicílios no Piauí com algum morador que havia viajado era de 21,1%, um indicador superior inclusive ao ano de 2023, quando a emergência em saúde mundial já havia sido retirada.
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