Home
Nesta quarta-feira (16), a Polícia Civil do Piauí cumpriu um mandado de prisão preventiva contra um homem acusado de matar a esposa a pedradas em Lagoa do Piauí. O crime ocorreu no dia 22 de setembro, e a vítima, identificada como Lidiane, faleceu no dia seguinte. O acusado se apresentou à delegacia acompanhado de um advogado quase um mês após o crime. Ele estava foragido.
De acordo com a delegada Jailza Gomes, responsável pelo caso, o casal estava na zona rural de Lagoa do Piauí, próximo a Monsenhor Gil. Os dois teriam tido um desentendimento e o homem desferiu diversas pedradas contra a esposa. A mulher foi atendida no Hospital e Urgência de Teresina (HUT) e chegou a ser liberada, mas no dia seguinte procurou atendimento na UPA do Promorar, não resistiu e veio a falecer.
“Após o crime nós instauramos um inquérito e estávamos levantando informações e ouvindo testemunhas. Ele ainda não tinha sido localizado, estava foragido. Hoje, o advogado dele me procurou e disse que ia apresentá-lo. Nesse momento demos cumprimento ao mandado de prisão. Ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes em Teresina, será apresentado na audiência de custódia amanhã e ficará à disposição da justiça”, explica a delegada.
Ainda segundo a delegada, o laudo da perícia confirmou que Lidiane faleceu em decorrência dessas agressões. Segundo a delegada, a vítima nunca havia registrado ocorrências relacionadas à violência doméstica, e o acusado não possuía antecedentes criminais.
Onde e como denunciar violência contra a mulher?
Casos como esses não podem e não devem ficar impunes. Por isso, é extremamente importante denunciar casos de violência de gênero, sendo a denúncia uma ferramenta fundamental para romper o ciclo de abusos e oferecer apoio às vítimas antes que agressões se transformem em assassinatos.
Hoje o Piauí conta com 23 unidades de polícia voltadas ao atendimento de mulheres em situação de vulnerabilidade ou vítimas de violência doméstica. Em Teresina, há cinco Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), que estão situadas em todas as zonas da cidade.
A rede de apoio para os atendimentos incluem o Disque 100; Disque 190 (Polícia Militar), o aplicativo Salve Maria e o site da Polícia Civil para casos de denúncias anônimas. Há ainda a Patrulha Maria da Penha, a Guarda Maria Penha e o WhatsApp "Ei, Mermã" pelo telefone 0800 0001673.