Segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (16), o Piauí liderou a taxa de subutilização da força de trabalho em 2023. Os dados apontam que a taxa anual de desocupação do Brasil em 2023 totalizou uma queda de 1,8 ponto percentual em relação a 2022.
A estimativa anual da taxa composta de subutilização ficou em 18,0%, representando uma queda de 2,9 pontos percentuais em comparação com 2022, quando a taxa era de 20,9%. Os estados com as maiores taxas foram o Piauí (40,3%), a Bahia (33,1%) e Sergipe (32,5%). Por outro lado, Santa Catarina (6,0%), Rondônia (6,5%) e Mato Grosso (9,0%) registraram as menores taxas de subutilização.
Em relação à taxa dos trabalhos informais, o Piauí também ganhou destaque ocupando terceiro lugar apresentando 54,4% no ranking ficando atrás do Maranhão (56,5%) e Pará (56,5%). A taxa anual de informalidade diminuiu ligeiramente, passando de 39,4% em 2022 para 39,2% em 2023. Por outro lado, os estados que apresentaram as menores taxas foram Santa Catarina (26,4%), o Distrito Federal (29,7%) e São Paulo (31,5%).
Dentro desse cenário, o Piauí também apresentou o maior percentual de aumento no número de trabalhadores domésticos apresentando 31,9%. Esse contingente cresceu em 19 unidades federativas ficando atrás do Piauí o Acre (27,8%) e Paraíba (21,3%). No Brasil, as cidades que menos cresceu o trabalho doméstico em 2023 foram Roraima (-22,2%), Amazonas (-18,9%) e Distrito Federal (-12,5%).
Piauí apresentou a menor taxa de desocupação dos últimos sete anos
Em 2023, o total de desocupação no Piauí, passou de 142 mil pessoas no 3o. trimestre, para 148 mil pessoas no 4o. trimestre. Em razão disso, a taxa de desocupação do estado apresentou leve incremento, passando de 9,9% no 3o. trimestre, para 10,6% no 4o. Trimestre. Apesar desse aumento na taxa durante o 4º trimestre, o ano de 2023 teve uma taxa de desocupação de 9,8%, a menor dos últimos sete anos, de acordo com a “série histórica da taxa de desocupação no Piauí”.
Desocupação x Subutilização
Segundo o IBGE, são classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas com 14 anos ou mais de idade, sem trabalho nessa semana, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência de 30 dias e que estavam disponíveis para assumi-lo na semana de referência. Consideram-se, também, como desocupadas as pessoas sem trabalho na semana de referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias porque já haviam conseguido trabalho com início previsto para após a semana de referência e prazo limite para esse início de até 3 meses.
Já a taxa subutilização da força de trabalho considera a taxa de desocupação (desemprego), a taxa de subocupação por insuficiência de horas trabalhadas (trabalhadores que gostariam de trabalhar mais horas) e a taxa de força de trabalho potencial (pessoas disponíveis para trabalhar, mas que desistiram de procurar emprego).
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População ocupada cresce no Brasil
A população ocupada no país registrou um crescimento de 3,8% em comparação ao ano anterior, alcançando a marca de 100,7 milhões de pessoas. Esse é o maior valor já registrado na série histórica da pesquisa, que teve início em 2012. O indicador de ocupação aumentou em 22 unidades federativas, com maior destaque para o Amapá (8,6%), Alagoas (7,8%) e Goiás (7,1%).
No país, o número de empregados com carteira de trabalho no setor privado aumentou 5,8%, totalizando 37,7 milhões de pessoas. Esse é o valor mais alto registrado desde o início da série histórica em 2012. Já o número de trabalhadores por conta própria totalizou 25,6 milhões em 2023, alta de 0,9% no ano.