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Professor da UESPI é denunciado por assédio sexual contra aluna em Campo Maior

De acordo com a denúncia, docente teria enviado mensagens de cunho sexual para a aluna; Polícia Civil e a instituição estão apurando o caso.

04/07/2024 às 09h43

Um professor da Universidade Estadual do Piauí (UESPI) está sendo investigado após uma aluna denunciar que foi vítima de assédio sexual por parte do docente. O caso ocorreu no Campus Heróis do Jenipapo, na cidade de Campo Maior, no norte do Estado. Após sofrer o assédio, a estudante pediu ajuda ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) para realizar a denúncia. O caso está sendo acompanhado pelo advogado do DCE, Gláuber Vasconcelos.

Campus da Uespi em Campo Maior - (Reprodução / Facebook UESPI) Reprodução / Facebook UESPI
Campus da Uespi em Campo Maior

Nas mensagens, o professor chegou a afirmar que estava com vontade "de fazer sexo". Ele escreveu ainda: "Mas, bucho mole, p*nto, nem tanto". O docente ainda chamou a aluna de gostosa. A aluna o repreendeu dizendo: "Espero que você esteja consciente de certas bobagens que você está digitando. Procure o seu lugar".

O docente teria enviado mensagens de cunho sexual pelo whatsapp da vítima. O Diretório Central dos Estudantes emitiu nota sobre o caso. O DCE afirmou que vai exigir que sejam adotadas todas as "medidas jurídicas necessárias, tanto pela polícia quanto pela administração da UESPI". Um boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Campo Maior.

Confira a nota do DCE na íntegra:

(01/07), nós do DCE, juntamente com nosso advogado Glauber, visitamos o campus Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, para acompanhar de perto o caso de uma estudante que nos procurou para que pudéssemos oferecer suporte e denunciar um professor por assédio sexual. Estamos comprometidos em seguir todas as medidas jurídicas necessárias, tanto pela polícia quanto pela administração da UESPI, para que providências sejam tomadas rapidamente.

Queremos reafirmar a todas e todos os estudantes que, se sofrerem qualquer tipo de assédio, procurem o DCE. Estamos aqui para oferecer suporte e encaminhar os casos para as devidas autoridades, tanto administrativas quanto jurídicas. Além do DCE, estudantes podem buscar a ouvidoria da UESPI e, no caso de violência contra a mulher, o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da UESPI.

Não deixaremos nenhum caso impune. Estamos comprometidos em garantir que todos os assediadores sejam responsabilizados e que esses crimes não continuem acontecendo. Contem conosco para buscar justiça e proteção.

O Portal O Dia entrou em contato com a Universidade Estadual do Piauí que afirmou, por meio de nota, que está apurando o caso e que vai colaborar com as investigações da Polícia Civil. "A Universidade Estadual do Piauí e a Direção do campus de Campo Maior informam que o caso já está sendo apurado pela polícia e também de forma administrativa assim que tomou conhecimento. A UESPI ratifica o compromisso contra qualquer tipo de assédio a qualquer pessoa da comunidade acadêmica e da sociedade em geral", disse por meio de nota.

Estupro, importunação e assédio: entenda a diferença

Você sabe diferenciar um assédio sexual de importunação ou estupro? O alto índice de violência sexual presente no Brasil nos últimos dias, demonstra um lamentável cenário de muitas agressões contra mulheres partindo até mesmo de celebridades. As ocorrências chamam atenção para a designação dos diferentes tipos de violência que as mulheres enfrentam e ressalta a importância de saber diferenciá-las, visto que a penalidade é diferente para cada quadro criminoso.

A delegada titular da Delegacia Especializada em Feminicídio de Teresina, Nathalia Figueiredo, explica que a diferença de estupro e importunação está na presença da agressão física contra a vítima ou grave ameaça. "A importunação sexual é o ato libidinoso praticado na vítima sem o seu consentimento. O que é que diferencia do estupro? Porque o estupro é tanto ato libidinoso como conjunção carnal, mas pressupõe que ele seja praticado no contexto de violência ou grave ameaça, o que não é uma exigência para a importunação. A importunação não precisa ter sido realizada mediante violência ou grave ameaça. Exemplo, a questão no ônibus. Por exemplo, uma pessoa tocar no seio, na exigência de uma mulher já configura a importunação", explicou.

Por outro lado, a delegada explica que o assédio sexual está relacionado muitas vezes ao ambiente de trabalho e o uso do poder hierárquico para a prática criminosa. "O assédio sexual pressupõe uma situação de hierarquia. Ou seja, o superior hierárquico está utilizando a sua superioridade para ter algum benefício sexual com a vítima. Então seria, por exemplo, um contexto patrão, empregado. Professor e aluno, pressupõe uma superioridade hierárquica", complementou a delegada.


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